Mulheres poderão conduzir caminhões e motos em junho de 2018 no país
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Mulheres poderão conduzir caminhões e motos em junho de 2018 no país

As mulheres da Arábia Saudita  serão autorizadas a dirigir motocicletas e caminhões a partir de junho do ano que vem, de acordo com  Direção-Geral de Circulação saudita. O anúncio foi feito meses depois de uma ordem que permitiu que elas também pudessem conduzir carros , em setembro.

"O grande desafio agora é adaptar as escolas de direção a todas as mulheres que querem aprender", disseram as autoridades da Arábia Saudita , que foram otimistas, acrescentando que elas “estarão preparadas” para saber dirigir.

Pelas novas regras, elas deverão ter pelo menos 18 anos, para dirigir motocicletas, e 20, para os caminhões.

Permissão para carros

A decisão real de setembro respondeu a anos de mobilizações e luta de ativistas pelos direitos das mulheres. Além disso, teve um apelo econômico, já que elas não terão que contratar um motorista particular ou depender de um parente que as ajude em seus deslocamentos. A permissão para carros também passa a valer a partir de junho.

"Eu me senti no céu quando vi essas notícias na TV!", exclamou Reem Abdullah, uma mulher saudita,  quando perguntada pela reportagem do iG a respeito da nova autorização.

"Muitas mulheres querem dirigir carros e ir para onde quiserem, sem depender de ninguém", continuou. "A Arábia foi o último país, mas finalmente nós podemos ir para o trabalho sem precisar da carona de um homem", concluiu ela. 

Conservadorismo machista

Até o momento, o país era o único no mundo onde as mulheres eram proibidas de dirigir carros. No passado a medida provocou diversos protestos. Considerada uma das nações mais conservadoras, sobretudo em relação às pessoas do sexo feminino, por lá, elas são submetidas à tutela dos membros masculinos da família - pai, marido ou irmão - para poderem estudar ou viajar.

Além disso, as mulheres também eram proibidas de frequentarem estádios por causa da aplicação da regra de separação entre os sexos nos espaços públicos. Essa regra foi revogada em outubro .

Depois das diversas críticas internacionais, o reino parece estar tentando suavizar algumas restrições. Em julho deste ano, ativistas dos direitos humanos também comemoraram a decisão do Ministério da Educação de permitir que as garotas pratiquem esportes nas escolas públicas.

*com informações Agência Brasil

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