Vaticano desmente que papa Francisco use WhatsApp para falar com fiéis

Aplicativo argentino promete 'benção' do pontífice pelo celular; mensagens são enviadas por programa de inteligência artificial que simula ser o religioso

Porta-voz do Vaticano negou que o papa Francisco use o WhatsApp para conversar com fiéis
Foto: Reprodução/Centro Televisivo do Vaticano
Porta-voz do Vaticano negou que o papa Francisco use o WhatsApp para conversar com fiéis

Após uma série de boatos que afirmavam que era possível receber uma benção direta do papa pelo celular, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, desmentiu, nesta quarta-feira (13), que o pontífice faça uso do WhatsApp para conversar com fiéis. 

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"É falso que o Santo Padre use o WhatsApp . Ele não manda mensagens, nem bençãos através deste meio", disse Burke aos jornalistas, em coletiva de imprensa nesta quarta.

Toda a confusão teve início depois que uma fundação católica argentina – da mesma terra do papa Francisco – lançou um aplicativo que simula uma conversa entre o líder religioso e os fiéis que baixarem o app.

Tais conversas, na realidade, são feitas através de um programa de inteligência artificial que simula as respostas que o papa daria aos católicos no aplicativo de mensagens.

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Ainda de acordo com o porta-voz, o aplicativo, que foi batizado de "Wabot-Papa Francisco", não tem nenhuma participação do papa ou do Vaticano.

Nomeação no Paraná

Se o papa fizesse uso do aplicativo, ele provavelmente teria comunicado, por meio dele a todos os fiéis brasileiros, que, também nesta quarta-feira, nomeou o novo bispo da cidade de São José dos Pinhais, no Paraná, dom Celso Marchiori, transferindo-o da diocese de Apucarana, no mesmo estado.

Esse religioso brasileiro nasceu em 14 de agosto de 1958 na cidade paranaense de Campo Largo e é formado em Filosofia e Teologia. Ele tornou-se padre em 1988 e trabalhou na arquidiocese de Curitiba, em diversas funções, entre 1988 e 2009.

Em julho de 2009, foi nomeado bispo de Apucarana e recebeu a ordenação episcopal em 28 de agosto do mesmo ano.

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Apesar de não usar o WhatsApp, o papa tem um perfil no Twitter e no Facebook – que não são atualizados por ele. Em ambas as redes sociais, uma equipe do Vaticano reproduz discursos e notícias relacionadas ao papa, assim como fez com essa nomeação do religioso do Paraná.

* Com informações da Agência Ansa.