Argentinos prestam homenagens a tripulantes do submarino ARA San Juan, desaparecido desde o dia 15
Divulgação/Armada Argentina
Argentinos prestam homenagens a tripulantes do submarino ARA San Juan, desaparecido desde o dia 15

O governo argentino reconheceu que os 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, que desapareceu no dia 15 de novembro , "estão todos mortos". Segundo o ministro da Defesa do país, Oscar Aguad, a missão de busca e resgate, encerrada na última quinta-feira (29), "é iniciada quando há desaparecidos no mar e é encerrada quando todos foram salvos ou não há mais condições para que a vida exista". A declaração foi dada durante uma entrevista à TV "Todo Noticias".

De acordo com uma nota da Marinha, recebida pelo governo, as condições ambientais e o tempo que já passou desde o desaparecimento do submarino "são incompatíveis com a existência humana". "Então estão todos mortos?", questionou o apresentador do jornal, "Exatamente", respondeu Aguad.

O ministro afirmou, no entanto, que o presidente do país, Mauricio Macri, ordenou a manutenção da busca pelo equipamento por "esse ser um compromisso que assumimos com as famílias".

"As normas internacionais impõem esses limites. Não podemos continuar a procurar a vida de maneira indefinida quando não há mais condições dela existir", acrescentou.  Aguad também foi questionado sobre a manutenção do ARA San Juan, que, segundo ele, teria "passado com sucesso por todos os controles" e estava em "condições perfeitas para navegar".

Desaparecido

O ARA San Juan, das forças da Marinha da Argentina , partiu de Ushuaia, no extremo sul do país, rumo a Mar del Plata, a 400 quilômetros da capital, Buenos Aires no dia 13 de novembro. Quando sumiu, navegava a 430 quilômetros de distância da costa argentina, na altura do golfo San Jorge, entre as províncias Chabut e Santa Cruz.

No dia 23 de novembro, Balbi confirmou que "foi registrado um evento anômalo, curto, violento e não nuclear, equivalente a uma explosão". No dia 28, a mídia argentina reportou que tripulantes do ARA San Juan relataram problemas envolvendo entrada de água no equipamento e curto-circuito nas baterias horas antes de sumir dos radares.

No dia 24, Luis Tagliapietra, pai de Alejandro Damián, um dos tripulantes , afirmou que depois da notícia de que o barulho de uma explosão pode estar ligado ao desparecimento do ARA San Juan, um dos chefes do seu filho foi prestar condolências a ele , confirmando as mortes dos passageiros.

Tagliapietra afirmou ainda que fez perguntas sobre quando e como pode ter ocorrido a explosão e se a embarcação havia seguido diretamente para o local de destino. Segundo ele, o chefe do seu filho afirmou que tudo estava em perfeitas condições e que o submarino estava seguindo o trajeto correto.

* Com informações da Ansa

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