Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ao lado de militares durante lançamento de míssil do país
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Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ao lado de militares durante lançamento de míssil do país

Jatos F-22 norte-americanos puderam ser vistos sobrevoando a Coreia do Sul nesta segunda-feira (4), marcando o início dos exercícios aéreos previstos para terem duração de cinco dias. O treinamento de combate aéreo acontece como resposta ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte na semana passada.

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O míssil balístico caiu no mar do Japão, sendo considerado o maior lançado pelo governo de Kim Jong-un até agora. No fim de semana, um jornal da Coreia do Norte escreveu que os exercícios militares realizados em conjunto entre Coreia do Sul e Estados Unidos são “uma provação aberta, em todos os níveis” e que isso “poderia resultar em uma guerra nuclear a qualquer momento”.

As aeronaves F-22 e F-35 estão entre as 230 enviadas pelos EUA e pela Coreia do Sul – que dão apoio a 12 mil soldados durante os exercícios de combate aéreo batizado “Vigilant Ace” (Vigilante de Gelo, em tradução livre), que estão programados para finalizar na próxima sexta-feira (8).

O editorial da imprensa norte-coreana usa um tom bastante agressivo, chamando o país vizinho de “marionete dos Estados Unidos”. “Faria bem recordar que seu exercício militar contra nosso país é tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição”, defende.

Tensão que perdura

Não é de hoje que o governo de Donald Trump e Kim Jong-un troca acusações graves um contra o outro. A tensão já dura meses e, há duas semanas, os EUA colocaram o país asiático na lista dos “patrocinadores do terrorismo”. Depois disso, o líder norte-coreano decidiu lançar mais um míssil – e, dessa vez, ainda acrescentou que o artefato poderia “atingir qualquer lugar no território americano”.

Interlocutores do governo americano informaram que “há possibilidade de guerra que aumenta dia após dia”
Reprodução/The Boston Globe
Interlocutores do governo americano informaram que “há possibilidade de guerra que aumenta dia após dia”

De acordo com um comunicado do governo, o míssil Hwasong 15 ainda tem a capacidade de transportar uma ogiva nuclear poderosa. O Pentágono não confirmou essa informação, embora tenha reconhecido que se tratava do maior míssil balístico até agora lançado pelo governo adversário.

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Outro passo dado por Trump em direção à tensão entre países foi o pedido ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para novas sanções contra a Coreia do Norte. Além disso, interlocutores do governo americano informaram que “há possibilidade de guerra que aumenta dia após dia”.

 *Com informações da Agência Brasil e "CNN"

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