Terrorista não foi o primeiro do grupo extremista Estado Islâmico a usar site para comprar explosivos
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Terrorista não foi o primeiro do grupo extremista Estado Islâmico a usar site para comprar explosivos

Um jovem sírio, acusado de planejar um atentado terrorista, afirmou à revista alemã “Der Spiegel”, neste sábado (4), que os produtos químicos usados para fabricar os explosivos que seriam utilizados no ataque foram comprados na famosa loja online Amazon.

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O rapaz, identificado como Yamen A., tem 19 anos e foi detido em Schwerin, capital do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, localizado no norte da Alemanha, por uma unidade especial da polícia alemã na última terça-feira (31). De acordo com a revista, o jovem terrorista começou a comprar os produtos químicos para criar um explosivo desde o último verão europeu, em julho.

A polícia afirma que ele estava planejando “explodir uma bomba na Alemanha , em meio a uma grande concentração de pessoas, e assim matar e ferir o maior número possível de pessoas”. No entanto, o sírio ainda não havia escolhido onde seria seu alvo.

O explosivo caseiro que Yamen iria comprar trata-se do triperóxido de triacetona ( TATP ), que pode ser fabricado a partir de substâncias de fácil acesso, como ácidos e acetona. A facilidade para adquirir os ingredientes para produzir essa espécie de “ bomba ” é um dos motivos para que esse seja um dos explosivos mais utilizados por integrantes do grupo extremista Estado Islâmico .

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Polícia critica Amazon

A revista aponta ainda que esse não é o primeiro caso que terroristas afirmam ter comprado os materiais para usar em seus atentados pela Amazon . Em abril de 2016, jovens que explodiram uma bomba em um templo sikh (religião monoteísta indiana) de Essen, também na Alemanha, afirmaram ter comprado os produtos químicos no site.

Outro acusado de arquitetar um atentado no aeroporto de Tegel, em Berlim, Jaber al-Bakr (que se suicidou na prisão de Leipzig) também havia comprado o material para desenvolver TATP na loja online.

A empresa afirmou que está colaborando com as investigações policiais e que “diante dos novos acontecimentos”, já alterou o site para garantir que produtos sejam apresentados da forma apropriada.

A medida se deu em resposta à critica feita pela polícia ao algoritmo do sita que, na seção “clientes que compraram este produto também se interessaram por...”, sugeria novos ingredientes nocivos para quem já tivesse comprado algum item relacionado.

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