Homens matam empresária por "não aceitarem que sua chefe fosse uma mulher"

Jazmin Contreras, de 19 anos, foi assassinada na última semana dentro da loja onde trabalhava; o possível caso de feminicídio aconteceu no México

Em um caso de feminicídio, a mexicana Jazmin Contreras, de  apenas 19 anos, foi assassinada por dois de seus empregados
Foto: Reprodução/Facebook
Em um caso de feminicídio, a mexicana Jazmin Contreras, de apenas 19 anos, foi assassinada por dois de seus empregados


A Procuradoria do estado de Tlaxcala, no México, divulgou que a dona de uma empresa localizada na cidade de Mazatecohco foi encontrada morta por estrangulamento. Aos 19 anos, Jazmín Contreras López foi assassinada por dois de seus empregados, que segundo informações do portal Mirror , não aceitavam que sua chefe "era uma mulher mais nova”.

Leia também: 'Paris Hilton da Rússia' anuncia que concorrerá à presidência nas eleições 2018

De acordo com o portal LaRaza , os dois acusados foram identificados como Óscar e Miguel, ambos de 24 anos, que trabalhavam para a jovem  mulher . A dupla teria planejado o ataque uma semana antes e esperado até a empresa estar vazia. Assim, sem testemunhas, cometeram o crime, que foi gravado pelas câmeras de segurança do local.

Dona de uma indústria têxtil, Contreras estava desaparecida desde o dia 16 de outubro, quando saiu para trabalhar e não voltou para casa. Após seus familiares reportarem o seu sumiço, as autoridades localizaram o corpo da vítima na última sexta-feira (20), em uma floresta.

Miguel, que devia mais de R$ 2,3 mil à sua chefe, e Óscar admitiram o crime e alegaram “problemas pessoais e econômicos” como a motivação para o assassinato . Detidos, agora podem ser condenados a mais de 30 anos de prisão.

Leia também: Hillary e democratas pagaram para investigar relação de Trump com a Rússia

Constante violência de gênero

Francisco Javier, marido de Contreras, disse que os empregados não aceitavam ser liderados por uma chefe que, além de não ser um homem, era mais nova do que eles. Jazmín sempre reclamava ao esposo que era vítima de comportamentos machistas de seus colegas de trabalho. “Foi por isso que eles a mataram, por causa do  machismo ”, Javier explicou.

Poucos dias antes de seu assassinato, inclusive, a vítima relatou estar preocupada com o comportamento excessivamente misógino dos empregados.

Leia também: Homem diz que não se lembra de estuprar ex-namorada por sofrer de "sexsomnia"

Todos os indícios do crime, incluindo a brutalidade com que foi cometido, o histórico dos acusados e as declarações do marido podem indicar que este se trata de um caso de feminicídio. Ou seja, quando a vítima é assassinada por ser mulher.