Para atrair uma boa colheita, a tribo organiza um desfile com corpos exumados (Foto meramente ilustrativa)
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Para atrair uma boa colheita, a tribo organiza um desfile com corpos exumados (Foto meramente ilustrativa)


A população de um vilarejo nas montanhas de South Sulawesi, província da Indonésia, mantém um relacionamento diferente com os mortos. Sob a ótica da cultura ocidental, a tradição se destaca pela singularidade, já que, uma vez por ano, durante um tradicional festival, as pessoas desenterram seus entes queridos e cuidam de seus corpos.

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Além de lidarem com a morte de forma muito próxima – afinal, muitas vezes, os corpos mumificados de seus parentes passam anos em casa, antes de serem enterrados –, as pessoas da tribo Torajan, na Indonésia , também dedicam um dia do ano para exumar e cuidar dos corpos: colocando roupas novas, penteando seus cabelos, dando presentes e fazendo homenagens em um desfile.





“Esta é a nossa forma de homenagear os mortos. É um momento de alegria para todos porque nos reunimos com nossa família que já faleceu”, explicou um dos moradores do vilarejo, de acordo com informações do portal britânico Daily Mail . Além disso, honrar estas pessoas é uma forma de conseguir “bênçãos para uma boa colheita”, complementou.

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A tribo Torajan

De acordo com a National Geographic , a história da tribo Torajan ainda mantém muitos detalhes escondidos, já que eles só desenvolveram linguagem escrita no começo do século 20. Assim, para descobrir a origem desta tradição, especialistas usaram fragmentos de caixões de madeira para buscar tais informações – e por meio de datação de carbono, descobriram que a prática pode existir desde 800 d.C .

Os falecidos da tribo só podem ser considerados mortos depois de seu funeral, que são grandiosas celebrações e podem durar muitos dias. Até este momento, os corpos são colocados em uma solução de formol e mantidos em um cômodo de suas casas, tratados como se a pessoa ainda estivesse viva.

Hoje, as práticas tribais são misturadas com alguns rituais cristãos. Levados à Indonésia por exploradores holandeses, em meados de 1500, tais práticas criaram um enclave no país, que concentra a maior população islâmica do mundo.

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