O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a admitir como alternativa nesta quinta-feira (7) uma ação militar contra a Coreia do Norte, mas afirmou que não prefere seguir por este caminho, segundo informações da agência de notícias "EFE". Em coletiva de imprensa conjunta com o emir do Kuwait, Sabah al-Ahmad Al-Sabah, o republicano comentou a escalada da tensão com Pyongyang, capital norte-coreana.

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"A ação militar é certamente uma opção. Seria inevitável? Nada é inevitável", disse Donald Trump . "Seria bom se outra alternativa desse certo". O presidente dos EUA afirmou, ainda, que a decisão foi por uma ação deste tipo "será um dia muito triste para a Coreia do Norte", dado o poderio militar norte-americano. O governo norte-americano precisa lidar com os testes nucleares realizados pelo regime de Kim Jong-un.

Em coletiva, Donald Trump afirmou que se decisão for pela ação militar
White House/Reprodução
Em coletiva, Donald Trump afirmou que se decisão for pela ação militar "será um dia muito triste para a Coreia do Norte"

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A Coreia do Norte já realizou diversos lançamentos de mísseis e ameaçou as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental. De acordo com o governo norte-coreano, o lançamento realizado no último fim de semana foi marcado pelo uso de sua bomba atômica mais potente até o momento. Segundo Trump, os EUA cogitam suspender o comércio com qualquer país que faça negócios com Pyongyang.

Apoio da China em medidas contra a Coreia do Norte

O ministro de Assuntos Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta quinta que seu país apoiará medidas contra a Coreia do Norte após o último teste nuclear. Em coletiva realizada na capital Pequim Wang afirmou que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) "deve buscar uma resposta" com a imposição de "novas medidas". O representante do governo chinês disse, ainda, que as sanções são apenas parte da solução.

Para o chanceler, uma nova ação da comunidade internacional deve ter como objetivo "danificar o programa de mísseis e nuclear do Governo da República Popular Democrática da Coreia, ao mesmo tempo que ajuda a retomar o diálogo e as negociações". Em sua fala, Wang considerou que somente com as sanções e a negociação o conflito poderá ser resolvido.

As declarações aconteceram após o presidente da China, Xi Jinping, ter uma conversa telefônica com Donald Trump. Na ocasião, o líder chinês pediu uma resolução pela via pacífica. "Acredito que o presidente Xi está de acordo comigo em 100%. Tampouco quer ver o que está ocorrendo ali [na Coreia do Norte]", disse Trump. Washington pressiona Pequim para que a crescente ameaça norte-coreana seja detida.

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A China segue como o maior parceiro do regime de Kim Jong-un, ainda que nos últimos anos a relação tenha esfriado com os testes nucleares. O governo chinês insiste que a solução passa pela retomada de um diálogo de seis lados, envolvendo os países de Xi Jinping e Donald Trump, as duas Coreias, o Japão e a Rússia. As discussões do grupo começaram em 2003, mas foram paralisadas em 2009 pela retirada de Pyongyang do diálogo.

* Com informações da Agência Brasil.

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