Donald Trump já havia ameaçado aplicar medidas contra o governo venezuelano por causa da Constituinte
Reprodução/The Boston Globe
Donald Trump já havia ameaçado aplicar medidas contra o governo venezuelano por causa da Constituinte

Um dia depois da votação para uma nova Assembleia Constituinte na Venezuela, o governo de Donald Trump decidiu impor sanções diretamente contra o presidente do país latino-americano, Nicolás Maduro. 

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As medidas foram aprovadas, nesta segunda-feira (31), por Donald Trump e, entre outras coisas, congelam os ativos de Maduro que estiverem sob jurisdição norte-americana. Além disso, o presidente venezuelano fica proibido de fazer negócios com qualquer cidadão dos Estados Unidos a partir de hoje.

"A votação ilegítima [da Constituinte] confirma que Maduro é um ditador que não respeita a vontade de seu povo. Com as sanções contra Maduro, os Estados Unidos reiteram sua oposição às políticas de seu regime e o próprio apoio ao povo da Venezuela", diz um comunicado do Departamento do Tesouro.

Outros países também condenaram as eleições para uma nova Assembleia Constituinte no país sul-americano, incluindo o Brasil. O governo brasileiro divulgou neste domingo (30) uma nota contrária à votação da Assembleia Nacional Constituinte. Segundo o comunicado publicado pelo Itamaraty, o governo venezuelano desrespeitou "o princípio de soberania popular" e confirmou a ruptura da ordem constitucional no país. O texto afirma que uma nova assembleia criaria uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população.

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Em declaração, o Itamaraty manifestou preocupação com a escalada de violência registrada no país vizinho. Neste domingo, um homem de 43 anos morreu após ser baleado na cabeça em uma manifestação na Venezuela. O Ministério Público venezuelano afirmou que investigações sobre o disparo ocorrido ato na cidade de Barquisimetro já foram iniciadas.

Segundo números da Procuradoria venezuelana, 114 pessoas já morreram desde o início da onda de protestos no país, em abril.

Até agora, as sanções de Washington haviam atingido apenas expoentes do regime chavista, como o ministro do Interior Néstor Reverol, e dirigentes de estatais, incluindo o vice-presidente de finanças da petrolífera Pdvsa, Simón Zerpa Delgado.

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Há aproximadamente duas semanas, Donald Trump já havia ameaçado aplicar medidas contra o governo venezuelano por causa da Constituinte. Na ocasião, o presidente dos EUA definiu Maduro como um "péssimo líder que sonha em se tornar um ditador".

*Com informações da Agência Ansa

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