Aproveitando-se do sucesso da música de Luis Fonsi, Maduro criou a sua própria versão de 'Despacito'
Reprodução/Youtube
Aproveitando-se do sucesso da música de Luis Fonsi, Maduro criou a sua própria versão de 'Despacito'

A versão política da música 'Despacito', que tenta promover a Assembleia Constituinte, divulgada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro  no último domingo (23), já não havia sido bem aceita pelo internautas. Agora, até os autores e intérpretes do hit mais tocado em todo o ano criticaram o líder venezuelano.

De acordo com o cantor porto-riquenho Luis Fonsi, um dos autores de " Despacito ", Maduro não lhe pediu para usar a canção com o cunho político.

Em seu perfil no Twitter, Fonsi escreveu que gosta das versões do hit feitas ao redor do mundo, mas ressaltou que é preciso "haver um limite". "Em nenhum momento eu foi consultado ou autorizei a mudança da letra para fins políticos, muito menos em meio à deplorável situação que vive um país do qual eu gosto muito como a Venezuela", disse.

"Voto em vez das balas"

A adaptação foi divulgada pelo próprio mandatário, durante seu pronunciamento dominical na televisão, e fala sobre a eleição marcada para o próximo domingo (30). "Temos uma canção feita por um grupo de criadores. Ainda não a vi, mas vamos ver se ela passa no teste para viralizar", disse Maduro, que bate palmas ao som da canção.

Na nova versão da canção, a letra diz "devagar, abre bem os olhos e olhe para a sua gente. Estenda-lhes a mão hoje, amanhã e sempre, que são os seu irmãos os que estão a frente".

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Além disso, a música diz ainda "devagar, exerce o seu voto em vez das balas, venha com suas ideias sempre em paz e em calma".

A eleição da Constituinte está marcada para o próximo domingo, mas é criticada pela oposição, que acusa o presidente de querer se perpetuar no poder, e por parte da comunidade internacional, incluindo Brasil, Estados Unidos e União Europeia, que pedem para Maduro desistir da votação.

Em sua crítica, Luis Fonsi acrescentou que a canção 'Despacito' não deve ser usada como propaganda para "manipular a vontade de um povo que está gritando por liberdade e um futuro melhor". 

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* Com informações da Agência Ansa.

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