'Maior parte do país participou da paralisação', comemorou deputado da oposição na Venezuela
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'Maior parte do país participou da paralisação', comemorou deputado da oposição na Venezuela

Uma greve geral de 24 horas convocada pela oposição na Venezuela paralisou o país, nesta quinta-feira (21), e terminou com um saldo de quatro mortos, dezenas de feridos e mais de 100 presos.

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A paralisação geral, chamada de "Hora Zero", teve a intenção de demonstrar a insatisfação dos venezuelanos com a decisão do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para escrever uma nova Carta Magna para a Venezuela .

A eleição para tal Assembleia está marcada para o dia 30 de julho. De acordo com o parlamentar Freddy Guevara, a greve foi aderida por 85% da população do país.

"Esse dia histórico e exitoso teve seu ápice às 6h desta sexta-feira", comentou Guevara. "A maior parte do país participou da paralisação de forma clara e contundente", comemorou.

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A oposição realizou, no último domingo (16), um plebiscito independente que contou com a participação de sete milhões de eleitores. Na votação, ficou decidido que a oposição se manifestaria contra a proposta de Maduro de reescrever a Constituição.

Mortes acumuladas já passam de 100

Durante a greve desta quinta-feira, quatro mortes foram registradas, após serem denunciadas pelo deputado opositor José Manuel Olivares. A maioria das vítimas fatais morreram devido a tiros de armas de fogo em confrontos com agentes do governo.

Por sua vez, o Ministério Público do país admitiu apenas que um jovem de 24 anos morreu baleado durante um protesto no estado de Miranda.

Já o também deputado Marco Bozo apontou duas mortes em Carabobo, enquanto o parlamentar Karin Salanova disse que um homem infartou após ser atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo em Aragua.

Com todas as denúncias, o balanço de mortes passa de 100 na onda de protestos contra o governo de Maduro nos últimos 111 dias.

A greve geral paralisou parcialmente a capital Caracas , mas foi sentida em outras cidades do país que ficaram com as ruas desertas. A maioria das lojas comerciais permaneceu com as portas fechadas e os serviços de transporte não funcionaram em grande parte da Venezuela.

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* Com informações da Agência Ansa.

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