O governo da Coreia do Norte deteve um segundo cidadão norte-americano como "suspeito de cometer atos hostis contra o Estado". De acordo com informações veiculadas neste domingo (7) pela agência estatal KCNA, esta é a segunda prisão deste tipo em menos de um mês. As autoridades do país detiveram, no sábado (6), Kim Hak-Song, como foi identificado. Ele é funcionário da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST).

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Segundo a agência, "existe uma investigação em curso para determinar especificamente os seus crimes". Antes dele, Kim Sang-Duk, professor do mesmo centro universitário, foi preso em 22 de abril, também em Pyongyang, capital da Coreia do Norte . Com a detenção deste fim de semana, chega a quatro o número de norte-americanos presos pelo regime da principal cidade do país.

Coreia do Norte vive momento de tensão com os Estados Unidos; país acusou a CIA de tentar assassinar o líder Kim Jong-un
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Coreia do Norte vive momento de tensão com os Estados Unidos; país acusou a CIA de tentar assassinar o líder Kim Jong-un

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Além dos dois mais recentes, há Kim Dong-chul, um idoso de 62 anos capturado na fronteira com a China e condenado a 10 anos de trabalho ao Estado, e o estudante Otto Warmbier, de 22 anos, que teria tentado roubar um cartaz de propaganda no hotel em que estava hospedado como turista na capital do país. Ele foi condenado a 15 anos de trabalhos. De acordo com a agência de notícias "Reuters", o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou estar ciente do ocorrido.

"A segurança dos cidadãos dos EUA é uma das principais prioridades do departamento. Quando nos é comunicado que um cidadão americano foi detido na Coreia do Norte, trabalhamos com a embaixada sueca em Pyongyang", disse o departamento em comunicado à agência. Ainda de acordo com a "Reuters", a universidade, fundada por evangelistas cristãos em 2010, trata de temas considerados "tabus" na Coreia, como o capitalismo.

Segundo a "Reuters", em uma mensagem enviada em fevereiro de 2015 para o site de uma igreja coreana no Brasil, Kim Hak-song teria se apresentado como um missionário cristão que estava tentando fazer com que as pessoas em seu país se aprendessem a se tornar autossuficientes. A nova detenção acontece em um momento de tensão na península coreana perante os repetidos testes de armas de Pyongyang e o aumento da tensão verbal com o governo norte-americano. 

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Na sexta-feira (5), o governo utilizou um relatório por meio da agência de notícias chinesa Xinhua para acusar a Agência Central de Inteligência (CIA) de ter se unido a serviços de inteligência sul-coreanos para tentar assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un. No documento, a Coreia do Norte afirmou que irá encontrar o grupo e "destruí-lo impiedosamente".

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