No Reino Unido, população protesta contra restrição migratória de Trump, mas europeus parecem concordar com a medida
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No Reino Unido, população protesta contra restrição migratória de Trump, mas europeus parecem concordar com a medida

Uma pesquisa feita em dez países na Europa mostra que a maioria dos europeus gostaria de restringir a entrada de imigrantes muçulmanos no continente. Aproximadamente 55% dos cidadãos entrevistados disseram acreditar que a imigração de países majoritariamente muçulmanos deveria parar. O resultado alarmante foi revelado pela enquete do Instituto Real de Relações Internacionais.

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A instituição britânica conduziu a pesquisa antes que Trump instaurasse sua controversa restrição nos Estados Unidos. Foram entrevistadas mais de dez mil pessoas em dez diferentes países. Os participantes foram perguntados se eles concordavam com a afirmação: “Toda migração futura de países majoritariamente muçulmanos deveria ser impedida”.

A população que demonstrou maior rejeição a imigrantes foi a Polônia, com 71% das pessoas concordando totalmente com a afirmação.  Apenas 9% dos entrevistados poloneses se declararam contrários. Outros países que concordaram majoritariamente com a afirmação foram a Áustria (65%), Bélgica (64%), Hungria (64%), França (61%) e Grécia (58%).

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Já as nações que mais se opuseram à restrição foram o Reino Unido, com 47% votos a favor, 23% contrários e 30 % indefinidos; e a Espanha, com 41% a favor, 32% contra e 26% indefinidos. No resultado total dos dez países, 55% dos europeus se demonstraram favoráveis, contra apenas 20% dos votos negativos.

Homens são mais favoráveis à proibição

Os dados também foram analisados em recortes de gênero, idade, escolaridade e espaçamento geográfico. Os homens são mais favoráveis à restrição, com 57% dos votos. Já os jovens adultos se posicionam contrários, com menos da metade das pessoas com idade entre 18 e 29 anos demostrando concordar com a ideia.

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 “Os resultados são notáveis e significativos”, escreveu a pesquisa. “Eles sugerem que a oposição pública a maiores migrações de países predominantemente muçulmanos não é, de forma alguma, exclusiva aos eleitores de Trump, nos Estados Unidos, mas sim uma ideia relativamente comum”. O Instituto Real de Relações Internacionais publicou os resultados na terça-feira (7) em seu site oficial. Veja abaixo os gráficos gerados pela pesquisa:





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