Bombardeio, que matou ao menos 52 pessoas, aconteceu na cidade de Rann, no nordeste da Nigéria
Médicos Sem Fronteiras/ Divulgação
Bombardeio, que matou ao menos 52 pessoas, aconteceu na cidade de Rann, no nordeste da Nigéria

Ao menos 52 pessoas morreram e 120 ficaram feridas, após um avião de combate da Força Aérea da Nigéria, em missão contra o grupo extremista Boko Haram, bombardear por engano um acampamento de refugiados nesta terça-feira (17), de acordo com a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF).  

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Segundo o comandante militar Lucky Irabor, durante o incidente na Nigéria  as vítimas que morreram ou ficaram feridas eram refugiados, representantes de organizações humanitárias e alguns nigerianos, que trabalhavam para os Médicos Sem Fronteiras (MSF) e para o comitê internacional da Cruz Vermelha. 

O bombardeio aconteceu na cidade de Rann, no nordeste da Nigéria, próximo a fronteira com Camarões. De acordo com Irabor, a missão foi ordenada com base em coordenadas geográficas para combater o grupo terrorista Boko Haram.

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A organização humanitária internacional MSF condenou fortemente a ação. “Um ataque dessas proporções a uma população vulnerável que já vinha fugindo da violência extrema é chocante e totalmente inaceitável”, disse o diretor de operações de MSF, doutor Jean-Clément Cabrol. “A segurança dos civis deve ser respeitada. Fazemos um apelo urgente a todas as partes do conflito para que garantam a facilitação de transferências médicas por via aérea ou terrestre para os sobreviventes e para os que precisam de cuidados emergenciais.”

Segundo a organização humanitária internacional, equipes médicas de MSF estão oferecendo primeiros socorros a 120 pacientes feridos em sua instalação de saúde em Rann. As equipes médicas e cirúrgicas na região se preparam para tratar os pacientes evacuados.

Atentados terroristas

De acordo com o relatório sobre segurança do Instituto para a Economia e a Paz, os atentados terroristas chegaram a matar aproximadamente 4.940 pessoas na Nigéria, só no ano de 2015. Depois do Iraque e Afeganistão, o país nigeriano é considerado o terceiro com mais vítimas mortais.

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Em 2015, Nigéria, Chade, Camarões e Níger criaram uma força multinacional para coordenar uma ofensiva ao redor do lago Chade, zona fronteiriça dos quatro países. Desde então, o Boko Haram sofreu várias e importantes derrotas. No dia 30 de novembro, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana acordou renovar durante outros 12 meses o mandato desta força, que não conseguiu deter os atentados.

* Com informações da Ansa

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