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Estudante que fez prova em 2010 para se preparar psicologicamente recorre a calmante para dormir. Longa duração também preocupa

Bruna atribuiu a insônia à tensão pela prova
Raphael Gomide
Bruna atribuiu a insônia à tensão pela prova
A estudante Bruna Araújo, 17 anos, dormiu mal a noite de sexta-feira para sábado, dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), por causa de uma “tensão inconsciente”.

Ela contou que acordou as 3h e só conseguiu pegar no sono uma hora depois, por causa da pressão de fazer a prova que pode definir seu futuro.

“Acho que é uma tensão inconsciente. Falam tanto do Enem que a gente acaba ficando tenso, mesmo que não queira. Não pode absorver essa pressão”, indica ela, que pretende ser psicóloga pela UFRJ e musicista – ela tem uma banda de música brasileira.

“Tentei dormir cedo, mas não rolou porque a mente não para de trabalhar. Melhor não pensar em nada. Mas nada me preocupa agora, tive aulas em período integral e estudei”, afirmou a aluna da Escola Parque, colégio na Gávea, zona sul do Rio.

Calmantes

A ansiedade e o medo de perder o exame fizeram com que Deuseli Ribeiro, 34 anos, chegasse à prova do Enem com quase três horas de antecedência.

“Não consegui dormir essa noite, já rezei para todos os santos”, disse a candidata.

Aylana Alves, 17 anos, fez o Enem em 2010 para se preparar psicologicamente para a prova deste ano, mas ainda assim, na noite passada recorreu a calmantes para dormir.

“Tive de dar calmante a Aylana porque estava muito nervosa”, disse a mãe, Luciana Alves, 45, que a acompanhou.

Tensão

Bruna Castro, 18, quer estudar Comunicação Social, e confessou estar “tensa para cacete”. “Nunca fiz e nunca liguei muito para escola, só este ano”, afirmou a aluna da Escola Corcovado, em Botafogo (zona sul do Rio de Janeiro).

Aylana (de amarelo), com a amiga Ana Paula, tomou calmante para dormir na noite antes do Enem
Ivone Perez
Aylana (de amarelo), com a amiga Ana Paula, tomou calmante para dormir na noite antes do Enem
Sua amiga e colega Bruna Raffo, 18, candidata a Relações Internacionais, fez a prova ano passado e estava mais preocupada com a duração da prova, segundo ela “muito cansativa”.

“O conteúdo não é tão difícil , mas é uma prova de esforço, de resistência”, disse Bruna.

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