Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados desde agosto e eles não estão tendo preferência do governo
Tânia Rêgo/Agência Brasil -5.4.2017
Segundo os professores da Uerj, salários estão atrasados desde agosto e eles não estão tendo preferência do governo

A crise financeira do estado do Rio de Janeiro fez com que os professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) entrassem novamente em greve , por tempo indeterminado. Sem previsão de pagamento dos salários de agosto, a Associação dos Servidores da universidade (Asduerj) informou que o principal motivo para a paralisação foi a "quebra de isonomia entre as categorias de servidores públicos".

De acordo com a entidade, os trabalhadores da Uerj estão "no fim da fila de prioridades do governo". Em 29 de setembro, o governo do estado decidiu pagar o salário integral, relativo ao mês de agosto, exclusivamente dos servidores técnico administrativos com lotação no Hospital Universitário Pedro Ernesto.

A reitoria da universidade informou, em nota,  que  continua "lutando pela isonomia de tratamento entre todos os servidores do estado do Rio de Janeiro" e que não foi consultada sobre a "decisão unilateral" do estado de pagar apenas parte dos funcionários. 

"Assim, no âmbito de sua competência, vem requerendo que o Poder Executivo estadual integralize o pagamento de todos os servidores, por meio de salários, proventos e pensões do mês de agosto de 2017, bem como o 13º salário referente a 2016, e de todas as bolsas ainda em atraso", diz o comunicado da reitoria.

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A universidade é vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, e não à Secretaria de Educação, cujos profissionais, segundo Abelha, estão recebendo os salários dentro do calendário previsto. “Nós estamos atentos a essa falta de isonomia e estamos muito insatisfeitos com essa questão”.

“Nacionalizar o debate”

Nesta quarta-feira (4), a maioria dos participantes da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj) decidiu manter a greve da categoria. O diretor da entidade, Guilherme Abelha, disse que é preciso nacionalizar o debate sobre a universidade pública e defendeu uma greve nacional para protestar contra os cortes no financiamento das instituições.

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 “Nós vemos similitudes entre o que está acontecendo com a Uerj e outras universidades. O próprio sistema federal está com problemas gravíssimos de custeio, não só as universidades, mas os centros de pesquisa também”.

* Com informações da Agência Brasil

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