Há décadas sabemos que o plástico é uma das heranças mais nefastas que deixaremos para as futuras gerações
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Há décadas sabemos que o plástico é uma das heranças mais nefastas que deixaremos para as futuras gerações

Há décadas sabemos que o plástico é uma das heranças mais nefastas que deixaremos para as futuras gerações de inquilinos do planeta Terra. Segundo dados reunidos por pesquisadores, recentemente incluídos em uma reportagem da revista “Scientific American”, nada menos que 2,5 milhões de garrafas do material são consumidas por hora apenas nos Estados Unidos. E apenas 23% delas devem ser recicladas.

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Quer ficar ainda mais encanado? Então saiba que, somente na última década, indústrias em todo o mundo produziram mais plástico do que em todo o século XX. Soluções para o problema, portanto, são fundamentais para o futuro de todos nós.

Engenheiros criam bolhas de água “comestíveis” para ajudar a salvar o planeta
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Engenheiros criam bolhas de água “comestíveis” para ajudar a salvar o planeta

Em 2014, três estudantes de engenharia da Espanha começaram a desenvolver uma tecnologia que pode mudar esse cenário e revolucionar a indústria de bebidas. O princípio básico da ideia é encapsular líquidos de qualquer tipo em invólucros orgânicos e comestíveis, feitos a partir de derivados de algas marinhas.

Inovação pode revolucionar a indústria de bebidas ao substituir as garrafas plásticas, grandes vilãs na luta pelo ambiente
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Inovação pode revolucionar a indústria de bebidas ao substituir as garrafas plásticas, grandes vilãs na luta pelo ambiente

Inspirados por uma técnica culinária – a esferificação, mundialmente conhecida graças ao genial chef espanhol Ferran Adrià –, o trio de jovens empreendedores bombou na internet ao lançar seu projeto em 2014. Depois de três anos de desenvolvimento e pesquisas, eles acabam de abrir o capital da sua empresa e já atraem investidores de peso. Se tudo der certo, o primeiro produto da linha, batizada de Ooho, deve chegar às prateleiras em breve.

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“Os sachês de água Ooho são embalagens flexíveis, que podem ser consumidas depois de se fazer um furinho no invólucro ou simplesmente ser inserida inteira na boca”, afirma Rodrigo García Gonzalez, um dos criadores do produto, nas redes sociais da sua empresa. “Estamos aplicando uma tecnologia avançada e sustentável ao consumo do elemento mais importante para a vida”, conclui o engenheiro.

Somente na última década, indústrias em todo o mundo produziram mais plástico do que em todo o século XX
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Somente na última década, indústrias em todo o mundo produziram mais plástico do que em todo o século XX

De acordo com os criadores da tecnologia revolucionária, o custo de produção de uma embalagem de 250ml é cerca de R$ 0,06. Segundo dados do mercado, uma garrafa de plástico pode custar algo entre R$ 0,36 e R$ 0,48 – dependendo, claro, do tipo do material usado e do volume da embalagem.

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Este colunista só pode torcer para que a sacada dos jovens engenheiros ganhe cada vez mais fôlego. Somente com iniciativas como essa poderemos deixar no passado as tristes imagens de praias paradisíacas soterradas por detritos de plástico. Ou pior: as trágicas fotos de animais marinhos mortos depois de ingerir o lixo que despejamos nos oceanos. A esperança segue viva.

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