União Europeia fará doação de R$ 120 milhões ao Fundo Amazônia
Agência Brasil
União Europeia fará doação de R$ 120 milhões ao Fundo Amazônia


O compromisso com a redução do desmatamento devolve ao Brasil  o protagonismo perdido no último governo e enche a caixa da Administração atual com recursos externos.

O Fundo Amazônia já foi reativado, e a Alemanha anunciou um repasse de R$ 1,1 bilhão para o Brasil.

Se o descaso com a Amazônia, no governo passado, relegou o Brasil à condição de pária internacional na questão ambiental, o país agora está de volta nas discussões sobre mudanças climáticas e biodiversidade.

O compromisso da gestão do presidente Lula com a redução do desmatamento, avalizado pela presença de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, não só recoloca o brasil no papel de protagonista, mas tem funcionado também como excelente cartão de visitas para a atração de recursos financeiros dos países ricos e já começa a abrir caminho para importantes parceiros internacionais.

Os resultados práticos não tardaram a aparecer: o governo da Alemanha anunciou a doação de um pacote de R$ 1,1 bilhão ao governo brasileiro, além de outros R$ 192 milhões para o Fundo Amazônia, que estava paralisado desde 2019.

O anúncio do repasse foi feito por Svenja Schulze, ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, com a anuência do primeiro-ministro Olaf Scholz, que esteve recentemente no Brasil para um encontro com o presidente Lula.

Na pauta da reunião, o tema principal foi a proteção da Amazônia e a autorização para que parte dos recursos liberados seja usada no socorro aos índios Yanomamis.

Lula e Scholz discutiram também a conclusão do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

A visita confirma que o Brasil voltou a ter relevância internacional, pois a última viagem de um chanceler alemão ao Brasil havia ocorrido em 2015.

Depois de Scholtz, veio ao Brasil o presidente Macron, da França, sem contar o encontro entre Lula e Biden. Ocasiões em que o protagonismo climático mundial do Brasil ficou patente para todos os efeitos.

O combate às mudanças climáticas é o primeiro ponto da pauta dos encontros.

Os países desenvolvidos devem investir cerca de US$ 100 bilhões anuais nos países mais pobres, e o Brasil pode captar boa parte desse dinheiro.

Essa decisão do governo alemão de direcionar recursos para projetos relacionados ao clima e ao meio ambiente no Brasil pode ser seguida pelos demais países desenvolvidos.

Os problemas ambientais não respeitam fronteiras entre países, e o mundo inteiro ganha com a cooperação internacional nesse tema.


O Brasil tem de aproveitar suas vantagens comparativas e pode se tornar a primeira grande economia do mundo a capturar mais gases de efeito estufa do que emite, recuperando o nosso protagonismo internacional.

O protagonismo climático do Brasil terá três palcos proximamente com as reuniões do G20, dos Brics e a COP. Teremos nos três eventos um palco privilegiado para expor as nossas ideias e os nossos projetos na área do meio ambiente.

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