O prefeito de São Paulo, João Dória Jr., passou por Brasília ontem, falou como prefeito, mas agiu como candidato: encontrou políticos de diferentes legendas, e empresários; visitou os presidentes da Câmara e do Congresso, reuniu-se com a bancada tucana no Congresso por três horas e foi aclamado como líder social do grupo – uma espécie de porta-voz nacional do partido diante da derrocada melancólica do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado do partido.
Aos entusiastas de seu nome para presidente, uma revelação: ele almeja o Governo de São Paulo na eleição de 2018, contam aliados muito próximos. É o trato com o padrinho Geraldo Alckmin – que no primeiro bimestre do ano que vem deve ser lançado por Dória nas prévias no PSDB como candidato ao Planalto.
Caso Alckmin fique inviabilizado por algum motivo – interno ou externo – os tucanos lançarão o nome de Dória a tempo para o Planalto. Embora negue em público que será candidato em 2018, Dória Jr segue a linha de José Serra, que se elegeu prefeito, administrou por dois anos, e aproveitou a alta aprovação popular e se elegeu governador.
Em almoço com empresários ontem na capital federal, convidados da Fecomércio e do LIDE Brasília, ele mencionou as conquistas na gestão paulistana nos seis meses de administração, voltou a atacar o PT no conhecido discurso – foi aplaudido efusivamente duas vezes – e encerrou a palestra com um “Contem comigo, como brasileiro e prefeito, por enquanto”. Durante a palestra, quebrou o esperado protocolo de falar no púlpito e circulou pelo salão enquanto palestrava.
O dia terminou com um jantar programado para seleto grupo de convidados na residência do presidente do PSDB no DF, o deputado federal Izalci Lucas, pré-candidato ao Governo distrital.