A maior tragédia ambiental do Brasil completará dois anos daqui a cinco meses e até hoje a mineradora Samarco não pagou um centavo dos R$ 344,8 milhões em multas aplicadas pelo Ibama – que autuou a mineradora 23 vezes.

A empresa recorreu de todas, nas instâncias administrativas do órgão ambiental, onde o processo afunda no lamaçal da burocracia.

Apenas duas multas avançaram para a “2ª instância” nas dependências do Ibama, e as outras continuam na “1ª instância”, informa o órgão.

Nada avançou também da multa de R$ 5 bilhões que o Ministério Público Federal tentou aplicar contra a poderosa mineradora sócia da Vale – empresa sociedade da União com grandes grupos privados.

Em resposta, a Samarco informa que vai cumprir programa de reparação via Termo de Ajustamento de Conduta com os Governos Minas e Espírito Santo. E sobre as multas cobradas, avisa que há “aspectos jurídicos que precisam ser reavaliados”.

Sobre a reconstrução da vila atingida pela lama da barragem rompida em novembro de 2015, há um processo demorado e detalhado com a participação dos ex-residentes. Os ex-moradores de Bento Rodrigues aprovaram a construção do novo distrito.

Serão 226 casas em outro local próximo – mas a terraplanagem começa em agosto e as casas serão construídas só 2018.  Enquanto isso, muitas famílias moram em outros lugares com auxílio da empresa e governo.

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