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André Richter/Agência Brasil/EBC
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, abriga presos da Lava Jato como Palocci e Marcelo Odebrecht

Não é segredo que há uma disputa pelo poder de inquérito entre o Ministério Público Federal – há anos nesta demanda, e hoje em evidência na Operação Lava Jato  – e a Polícia Federal, que se sente ameaçada em direito adquirido por lei para comando de investigação.

Mas essa disputa que se trava no Congresso Nacional em tramitações de Propostas de Emenda à Constituição dos dois lados ganhou eco na figura do presidente da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral, durante o VII Congresso Nacional da categoria em Florianópolis nesta semana.

 “O MP quer retirar da PF o poder de inquérito. Querem subordinar a Polícia ao MP”, lamenta Sobral.

O delegado vai além e alerta para um embate extra-policial, que ganha os gabinetes políticos. “Temos um ambiente no Brasil de disputa institucional. Estão brigando por espaço. E não é só a PF com o MP”, diz.

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Sobral ressalta que, na busca por consolidação das carreiras e autonomia, a Polícia Legislativa, a Polícia Militar, o Ministério Público, entre outras, todos querem poder de inquérito. E complementa: “Há um cabo de guerra ruim para todos nós”.

Mais de 400 delegados se reuniram durante os dias 20 e 24 de março n o VII Congresso Nacional da classe, em Florianópolis, onde debateram temas variados como combate a corrupção e roubo de cargas, ação nas fronteiras e fortalecimento da categoria.

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