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O Grupo Opni já representou o Brasil no maior festival de jazz do mundo

O grupo OPNI foi criado em 1997, inicialmente, por cerca de vinte jovens moradores do bairro de São Mateus, na periferia de São Paulo. Com um ideal em comum: expressar por meio de arte, a realidade do dia a dia que os tornava invisíveis, para oportunidades e alvo para compor estereótipos. Tal intenção é refletida na sigla que dá nome ao grupo, que já significou "Objetos Pixadores Não Identificados", "Os Policiais Nos Incomodam" e "Os Prezados Nada Importantes". Atualmente, o nome do coletivo não pretere definições, significando um grito de guerra pessoal que representa a periferia.

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Com o sucesso, o Grupo OPNI vem realizando trabalhos em eventos internacionais

A ideia central do projeto é grafitar todos os muros, cantos, vielas e casas, transformando assim, o bairro, em uma grande galeria de arte urbana, com o propósito de intensificar reflexões acerca de assuntos críticos da nossa atual sociedade, como a desigualdade e o preconceito. Em sua trajetória (20 anos), o Grupo OPNI: fundou, junto a outros coletivos culturais, a ONG São Mateus em Movimento, maior articuladora cultural da região (2008); participou da 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art no MUBE (2010); interpretou os painéis “Guerra e Paz”, de Cândido Portinari, no encerramento da exposição em São Paulo (2012) e recebeu o prêmio de melhor grupo.

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O Grupo OPNI expressa por meio de arte, a realidade do dia a dia que os tornava "invisíveis"

Na área esportiva, o Grupo OPNI foi motivo de inspiração para o fotografo Nacho Doce, que ao clicar um painel desenvolvido especialmente para a Copa do Mundo conquistou seu posto entre as melhores fotos de 2014, pela agência Reuters. O coletivo também desenvolveu painéis para o lançamento do segundo uniforme do Santos Futebol Clube, em ação comemorativa dos 102 anos do clube (2014), e customizou o tênis do astro americano de basquete Kobe Bryant, jogador do Los Angeles Lakers (2012). No cinema e TV Nacional, desenvolveu painéis e participou de intervenções artísticas para os seriados "Cidade dos Homens" e "Antônia", para o filme "Quanto Vale ou é Por Quilo", e para o curta metragem "Graffiti".

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O graffiti nos muros, nas vielas e casas transformam o bairro em uma galeria a céu aberto

Tendo como inspiração a comunidade onde cresceram e a forte influência da cultura afro brasileira, os traços desenvolvidos pelo grupo revelam um olhar periférico e “artivista” que passeia por temas variados construindo uma poética visual impactante. Entre os seus projetos, estão "Esse Graffiti Vai Dar Samba", parceria com tradicionais comunidades do samba, onde desenvolvem intervenções artísticas inspiradas nas produções musicais que retratam o cotidiano periférico, suas alegrias, tristezas e potencialidades.

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O Grupo OPNI participou de intervenções artísticas nos seriados Cidade dos Homens e Antônia

"Quadro Negro", que tem como foco a disseminação de histórias a partir da reflexão sobre o universo da cultura negra e sua utilização como forma de resistência e "Favela Jazz", idealizado em 2014, para uma intervenção que representou a arte urbana brasileira, na 45° edição do New Orleans Jazz & Heritage Festival, maior festival de jazz do mundo que acontece anualmente nos Estados Unidos – o projeto realiza apresentações artísticas que mesclam graffiti, música e conhecimento.

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