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Reprodução/ Royal Botanic Gardens (Kew)
Existem cerca de três milhões de espécies de fungos, sendo uma delas, muito eficaz para combater a poluição

Um estudo realizado por pesquisadores do Royal Botanic Gardens (Kew), órgão público patrocinado pelo Departamento de Meio Ambiente do Reino Unido, revelou que fungos, como cogumelos, podem ajudar a combater diversos problemas ambientais, como a poluição causada pela quantidade excessiva de plástico nos oceanos e florestas. As informações são do Daily Mail

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De acordo com os especialistas, existem cerca de três milhões de espécies de fungos , sendo uma delas, encontrada no Paquistão, muito eficaz para quebrar e deterioração de poliuretano poliéster, uma substância contida em resíduos plásticos.

O grupo destacou que, além da observação das mudanças geradas pelo fungo em um lixão do Paquistão, detectaram que tais organismos eucariotas podem ter impactos mais amplos sobre a vida selvagem e os sistemas naturais que dependem deles.

O estudo ainda evidenciou que os integrantes do reino Fungi também podem quebrar moléculas nas paredes celulares das plantas, bem como em substâncias químicas com propriedades semelhantes ao diesel, o que pode ajudar na elaboração de biocombustíveis mais econômicos e sustentáveis ​​do que os atuais.

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Fungos e suas propriedades positivas para o meio ambiente

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Reprodução/Royal Botanic Gardens (Kew)
Pesquisadores explicaram que apesar de suas propriedades ‘salvadoras’, os fungos estão entre os organismos mais perigosos

O fungo, que pode crescer em condições extremamente ácidas e tolerar altos níveis de radiação gama, pode contribuir na limpeza de locais contaminados por lixo radioativo. De acordo com a professora e diretora de ciência do Kew, Kathy Willis, “o potencial dos fungos para resolver problemas ambientais é muito forte, e representa um avanço significativo acerca da compreensão de como atuam”.

Willis afirmou que apenas 56 espécies tiveram seu status de conservação avaliado para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) em comparação com 25.452 plantas e 68.054 animais. Ela acrescentou que, no ano passado, foram identificadas duas mil espécies novas desses organismos em florestas e cavernas.

“Eles são extremamente importantes para a vida. Os fungos que crescem em torno de raízes e ajudam as plantas a absorver mais água e nutrientes acabam gerando um impacto positivo em 90% das espécies do grupo plantae”, disse.  

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Uma nova espécie identificada nos solos arenosos do deserto dos Emirados Árabes Unidos (EAU) foi uma surpresa para os estudiosos, já que tem ajudado plantas de cal, romã e uva a sobreviverem a condições adversas.

Os pesquisadores explicaram que, apesar de suas propriedades ‘salvadoras’, os fungos estão entre os organismos mais perigosos do mundo, responsáveis ​​por problemas graves, causados por seu crescimento em seres humanos e alimentos. O grupo concluiu que estudos estão sendo feitos para analisar a preservação dos fungos e seus benefícios, além dos malefícios proliferados por eles em função das mudanças climáticas.

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