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Pesquisa colaborativa revelou que baleias branca e narval também sofrem com menopausa durante período da vida

Pesquisadores da Universidade de Exeter, da Universidade de York e do Centro Americano de Pesquisas de Baleias descobriram que, assim como humanos, baleias branca e narval passam pela menopausa. Segundo os estudiosos, essa é uma condição extremamente rara no reino animal e ajuda a reduzir a competição por alimentos dentro do grupo desses mamíferos. As informações são do Daily Mail .

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A maioria das espécies na natureza continua se reproduzindo até morrer, mas a descoberta mais recente revelou que um total de cinco espécies são conhecidas por pararem de procriar durante a vida. Juntamente aos humanos, orcas e baleias-piloto-de-aleta-curta eram as outras espécies previamente associadas à menopausa .

A equipe responsável pela descoberta diz que entender como as baleias evoluíram pode facilitar o entendimento de por que os ancestrais humanos desenvolveram essa característica.

Para solucionar esse enigma, os estudiosos usaram dados de baleias mortas de 16 espécies e encontraram ovários dormentes em fêmeas mais velhas de narval e branca. Com a análise, foi identificado que tais espécies fazem as  fêmeas viverem entre parentes mais próximos à medida que envelhecem.

Evolução da menopausa em baleias dentada, narval e branca

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Orca, da família dos golfinhos, foi um dos primeiros grupos a ser associado com condição de declínio hormonal, menopausa

Na pesquisa, a equipe indicou que é possível que a menopausa tenha evoluído de forma independente em três espécies de baleias-dentadas, com branca e narval, que provavelmente compartilharam um ancestral comum.

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Sam Ellis, pesquisador da Universidade de Exeter e autor do estudo, destacou que, para que a condição de declínio  hormonal  faça sentido em termos evolutivos, uma espécie "precisa" de uma razão para não reproduzir mais e de um motivo para viver depois da "decisão".

Nas orcas, a causa para não reproduzirem mais se dá pelo fato de os filhotes acompanharem a mãe ao longo da vida, gerando ‘filhos’ e ‘netos’ que também são mantidos por perto.

Essa crescente relação significa que, se ela continuar tendo filhos, eles competirão com os seus próprios descendentes por causa de alimento. Já a razão para continuar vivendo está no fato de que somente essas fêmeas sabem onde encontrar comida, e isso pode garantir a sobrevivência do restante do grupo.

A pesquisa, que também abordou ancestrais humanos, sugeriu que eles viviam entre parentes à medida que envelheciam. Como resultado, a menopausa pode ter sido favorecida como um traço evolutivo para permitir que mulheres mais velhas transmitissem sua sabedoria aos membros mais jovens de um grupo,  sem que o tempo fosse consumido com seus próprios filhos.

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“É difícil estudar o comportamento humano no mundo moderno, porque está muito distante das condições em que nossos ancestrais viviam. Mas, observar outras espécies como essas baleias-dentadas, por exemplo, pode nos ajudar a estabelecer como essa incomum estratégia reprodutiva que é a menopausa evoluiu", concluiu o autor-sênior e professor da Universidade de Exeter, Darren Croft.

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