undefined
Reprodução/Wikipedia
Rinocerontes-negros vivem na África, especialmente no Quênia, e morte de grupo foi vista com muito pesar

Oito de 14 rinocerontes-negros morreram depois de terem sido movidos para uma reserva no sul do Quênia, segundo revelaram autoridades do país nesta sexta-feira (13), ao que ativistas ambientais descreveram como um “completo desastre”. As informações são do The Guardian.

Leia também: Uso de células congeladas pode salvar rinoceronte-branco do norte da extinção

Investigações preliminares apontaram que a causa da morte dos rinocerontes-negros pode ter sido o envenenamento por sal, uma vez que os animais estavam tentando se adaptar à água salgada de seu “novo lar”, segundo destacou o Ministério do Turismo e Vida Selvagem do país. Por causa do índice anormal de mortes, os sobreviventes estão sendo monitorados de perto.

Cálculos da organização “ Save the Rhino ” estimam que existam menos de 5,5 mil rinocerontes da espécie no mundo inteiro, sendo que todos eles vivem na África. Somente no Quênia vivem 750. Agora, com a perda dos rinocerontes esta semana, a ativista Paula Kahumbu, da WildlifeDirect, “podemos considerar que testemunhamos um desastre completo”.

Especialistas veem com pesar a morte de rinocerontes-negros

 A chefe-executiva do Save the Rhino, Cathy Dean, afirma que ela e colegas de diversos lugares do mundo estão chocados e profundamente tristes com a notícia. Além disso, pediu para que especialistas realizem uma investigação sobre o que ocorreu e por que algo tão errado aconteceu.

Leia também: Último rinoceronte-branco do norte está doente; biólogos temem extinção

Dean ainda apontou que a o número de mortes dos animais é extremamente alta, sendo muito maior do que o esperado para uma transferência. Mais animais morreram nesse caso do que em caçadas no último ano no Quênia.

“É uma tragédia absoluta perder oito animais dessa maneira. A coisa mais importante é que o governo exija um inquérito adequado e uma investigação profunda para descobrir o que deu tão errado. Para que isso aconteça, o Serviço de Vida Selvagem do Quênia precisa trazer veterinários externos e deslocar especialistas de outros países, como Namíbia, por exemplo”, apontou.

A realocação de animais em extinção , conhecida como translocação, envolve colocá-los para dormir durante a jornada e depois reanimá-los em um processo que acarreta riscos. Mas a perda de metade deles é altamente incomum.

Leia também: Último rinoceronte-branco do norte macho do mundo morre no Quênia aos 45 anos

Os rinocerontes foram transferidos dos parques nacionais de Nairóbi e Lake Nakuru para um novo santuário criado no parque nacional Tsavo East, em uma operação anunciada por Najib Balala, ministro do Turismo do Quênia, e realizada em colaboração com o WWF Quênia.

Em um comunicado, o ministério disse que “investigações preliminares sugerem que os rinocerontes-negros morreram de envenenamento por sal enquanto tentavam se adaptar à água mais salgada em sua nova casa”. Também confirmou que os sobreviventes estavam sendo monitorados.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!