Uma baleia foi encontrada morta na costa de Múrcia, no sul da Espanha, após sofrer um choque gástrico causado pela ingestão de 29 quilos de resíduos plásticos, que estavam jogados no mar.
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Após uma autópsia realizada no final de fevereiro, biólogos marinhos afirmaram terem identificado sacolas plásticas, pedaços de cordas, redes de pesca e até mesmo uma lata de plástico no estômago da baleia macho de 10 metros.
Segundo os especialistas, o animal de seis toneladas foi retirado já sem vida de uma praia em Cabo de Palos no final de fevereiro, porém o caso só foi retratado pela mídia agora, depois de o governo regional de Múrcia lançar uma campanha contra o despejo de resíduos plásticos no oceano.
Para a diretora-geral de meio ambiente do governo de Múrcia, Consuelo Rosauro, a presença de itens plásticos no oceano se tornou uma das maiores ameaças à vida marinha em todo o mundo na última década. "Muitos animais ficam presos no lixo ou ingerem grandes quantidades de plástico que acabam causando sua morte", afirmou ao The Telegraph .
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Baleia ameaçada de extinção
A baleia encontrada morta pertencia a espécie cachalote, que está ameaçada de extinção. Considerada a maior baleia dentada, possui cérebro mais avantajado do de qualquer criatura terrestre e tem vida útil de aproximadamente 70 anos.
Especialistas do Centro de Resgate de Vida Silvestre de Múrcia, responsáveis pela realização da autópsia, expuseram não terem conseguido retirar o plástico encontrado no sistema digestivo do animal, detectando um caso de peritonite fatal.
A campanha de Múrcia conduzida em colaboração com a Associação Europeia do Meio Ambiente e do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, envolverá atividades de conscientização e limpeza de praias.
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Já os resíduos coletados serão catalogados e analisados para determinar sua origem, além de evidenciarem a quantidade de lixo nos oceanos, com estimativa de oito milhões de toneladas de plásticos jogados no ambiente marinho todo o ano. Para Rosauro, é preciso criar uma consciência ambiental para que animais como a baleia cachalote sejam salvos e para que os oceanos não virem “um sopão de resíduos industriais e químicos”.