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Os ataques de tigres tem deixado a população da região indiana muito preocupada (foto meramente ilustrativa)


Diversos ataques de tigres deixaram ao menos 22 pessoas mortas, em um ano, no distrito de Lakhimpur Kheri, na Índia. De acordo com o portal Daily Mail , a localidade fica próxima de florestas declaradas reservas ambientais em 2014, o que tem aumentado o número de felinos na região.

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Em vídeos gravados recentemente, moradores desesperados são vistos correndo dos animais e até mesmo subindo em árvores para se proteger, cenas que têm acontecido com uma frequência cada vez maior. Cerca de 250 pessoas moram extremamente próximas das reservas, e segundo algumas delas relataram, os locais estão com medo de saírem sozinhos: alguns até mesmo preferem permanecer em casa durante a noite, sabendo que os tigres são caçadores noturno.

Um dos casos incluiu o desaparecimento de uma mulher, que entrou em uma plantação de cana-de-açúcar e não retornou para casa. Uma hora depois, sua família saiu para procurá-la e encontrou apenas metade de seu corpo. No ano passado, fazendeiros relataram ter que cercar os animais, sem a ajuda de guardas, para evitar novas mortes.

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Impasse nacional

A fronteira das reservas tem mais de 600 quilômetros de extensão e é cortada por três rodovias federais, duas estaduais, 47 vias distritais e mais de outras 20 estradas locais. Além disso, toda a região é cercada por fazendas, sendo que algumas estão a cerca de apenas nove metros de distância da reserva. Muitos de seus donos não têm recursos para instalar cercas, o que deixa os moradores em uma situação de vulnerabilidade.

A situação é considerada um impasse nacional: mais de 22 pessoas foram mortas e, em contrapartida, as autoridades explicam que a criação das reservas foi a responsável por dobrar a população de animais ameaçados de extinção.

O governo decidiu pagar um milhão de rúpias (cerca de R$ 50 mil) para as famílias das vítimas mortas fora das reservas, mas os moradores reclamam da ineficiência dos guardas florestais, que não conseguem conter a situação. 

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Para especialistas, as mortes só serão controladas com um melhor planejamento das medidas florestais: com a criação de “corredores verdes”, por exemplo, para que animais como os tigres possam se movimentar, isso evitaria o contato com os humanos da região.

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