Cientista encontra ossos de 'galã' da Era do Bronze, morto há mais de 3 mil anos

"É impressionante que alguém que morreu há milênios ainda consiga ter dentes melhores do que a maioria das pessoas atualmente", diz cientista sobre homem da Idade do Bronze desenterrado em campo na Inglaterra

A cientista forense da Universidade de Derby, Sanita Nezirovic ficou impressionada com a simetria dos ossos do homem
Foto: Reprodução/University of Derby
A cientista forense da Universidade de Derby, Sanita Nezirovic ficou impressionada com a simetria dos ossos do homem

Uma coleção de ossos foi encontrada em um campo localizado no norte da Inglaterra. De acordo com pesquisadores, trata-se de um homem que viveu na Idade do Bronze há mais de 3 mil anos. Apesar da morte de mais de três milênios, os estudiosos o descreveram como “uma criatura deslumbrante”.

Leia também: Cientistas conseguem criar orelhas de crianças com deformidade em impressora 3D

Os ossos foram retirados de uma cúpula, espécie de caixão de pedra, no condado de Northumberland, por um fazendeiro que pretendia fazer uma drenagem no local em novembro do ano passado.

A cientista forense da Universidade de Derby, Sanita Nezirovic, ficou encarregada de estudar os achados – e ficou surpresa com o que descobriu.

Galã da Idade do Bronze

Foto: Reprodução/Twitter
A idade foi determinada analisando osso da clavícula, com os resultados colocando o homem entre 17 e 21 anos

Nezirovic, que analisou os restos de centenas de pessoas ao longo de sua carreira, ficou impactada pela simetria dos ossos do homem, descrito por ela como “o galã da Idade do Bronze”.

Leia também: Misterioso rio de sangue é fonte de teorias bíblicas e causa desespero na Rússia

"Ele é absolutamente deslumbrante e, pelo que identifiquei, era dono de um sorriso perfeito. É impressionante que alguém que morreu há milênios ainda consiga ter dentes melhores do que a maioria das pessoas atualmente”, relatou à  BBC .

Para a pesquisadora a descoberta é ainda mais impressionante por contradizer os esqueletos desse período, já que costumam ter cargas dentárias destruídas devido a uma dieta poderosa e pela falta de higiene bucal.

Cientistas como Nezirovic são capazes de determinar o sexo de um esqueleto verificando cinco pontos no crânio – incluindo a testa, o queixo e a parte de trás da cabeça – classificando assim as características entre masculinas e femininas.

Leia também: Em mensagens flagradas por TV, Puigdemont diz que independência catalã “acabou”

De acordo com o Daily Mail , a  idade foi determinada analisando um floco de osso da clavícula,  determinando que o homem tinha entre 17 e 21 anos. "Isso não é uma faixa de idade ruim, é melhor do que o intervalo de 29 a 89", disse ela. "Infelizmente não sabemos como ele morreu, não identificamos nada demais em seus ossos, mas pela forma como o corpo foi enterrado, ele era um rapaz bem importante”, sugere.