Desenvolvida por cientistas de universidade dos EUA, técnica usa células da pele e do sangue para criar tecido muscular
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Desenvolvida por cientistas de universidade dos EUA, técnica usa células da pele e do sangue para criar tecido muscular


Cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica para a criação de tecido muscular “de proveta”. De acordo com estudo publicado nesta terça-feira (9), os pesquisadores usaram células-troncos do sangue e da pele humana para criar o tecido em laboratório.

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Liderados por Nenad Bursac, os cientistas “reprogramaram” as células do sangue e da pele para o seu estado original, e a partir daí, elas foram bombardeadas com uma molécula, responsável por “passar as instruções” para que acontecesse a transformação em tecido muscular . Após cerca de três semanas, as células se contraíram e passaram a reagir a estímulos externos, tais como sinais químicos e impulsos elétricos.

O tecido criado é mais fraco do que o tecido original, porém, os responsáveis pelo experimento afirmaram que tem muito potencial. “A hipótese de estudar doenças raras é especialmente estimulante para nós”, disse Bursac, ao explicar que a técnica contribui para a investigação de condições como a distrofia muscular de Duchenne, muito incomum.

Os primeiros testes foram realizados com camundongos adultos, nos quais as células sobreviveram e foram incorporadas ao tecido das cobaias.

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Aplicação em humanos

O mesmo grupo da universidade americana já conseguira desenvolver o tecido, em 2015, a partir de outra técnica, que usava biópsias musculares de células imaturas. Porém, de acordo com o The Independent , este método não é viável para aplicação em humanos.

Isso por que seria preciso retirar o tecido de alguém que já sofre de uma condição muscular , o que pode causar problemas futuros. Desta vez, a nova técnica pode ajudar portadores de certas doenças, já que os médicos terão meios para obter o novo músculo sem prejudicar o próprio paciente.

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"Com esse método, nós podemos pegar uma pequena amostra de tecido não muscular, como pele e sangue, reverter as células obtidas para um estado pluripotente e, eventualmente, desenvolver uma quantidade infinita de fibras musculares funcionais para testes", explicou Bursac, sobre a possibilidade de utilizar o tecido muscular "de proveta" em pacientes.

*Com informações da Agência ANSA

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