As peças pertenciam a um psiquiatra da Espanha, que faleceu em 2014
Reprodução/Museu de Vigo
As peças pertenciam a um psiquiatra da Espanha, que faleceu em 2014


A 90 quilômetros da famosa Santiago de Compostela, na Espanha, uma inesperada descoberta colocou a cidade de Vigo nos principais noticiários do país europeu. Isso porque, dentro de várias sacolas que iriam para o lixo, foram encontradas cerca de 600 peças pré-históricas, que datam de 30 mil a nove mil anos antes da era comum.

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A descoberta aconteceu em janeiro, quando um casal, que caminhava pelas ruas da cidade, percebeu as inúmeras sacolas e achou estranho que tantas rochas numeradas fossem apenas lixo. Eles decidiram chamar as autoridades que, não surpreendentemente, ficaram surpresas com os achados. Desde então, a Espanha passou a acompanhar de perto a evolução dessa história.

Segundo o portal da estação de rádio Cadena SER , as peças eram um segredo do psiquiatra José Manuel García de la Villa, que faleceu em 2014. O homem deixou os objetos de sua pesquisa em um depósito em sua casa e, como sua esposa não sabia o que era todo aquele material, imaginou que fosse apenas lixo.

Entretanto, trata-se de uma coleção muito valiosa, e Villa parece ter dedicado muito tempo de sua vida estudando as peças. De acordo com a polícia local, o médico iniciou sua coleção logo no início de sua carreira, em Salamanca, quando começou a recolher as ferramentas e artigos em cerâmica. Todos eles foram catalogadas de acordo com sua idade e procedência geográfica, e agora um museu se encarregou de continuar a pesquisa do espanhol e divulgá-la para a sociedade.

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O futuro do material arqueológico

Logo que o "segredo" foi descoberto, o Museu Municipal Quiñones de León – conhecido como Museu de Castrelos – deu início ao trabalho de recuperação de todo o material, que, de acordo com o portal português TVI24 , foi classificado como uma coleção de "grande valor e interesse científico" por especialistas da instituição.

Agora o Museu anunciou, segundo o site  Atlántico.net , que terá que ampliar as suas instalações para abrigar todo o material. Segundo José Ballesta, diretor do museu, explicou para o portal, se trata de uma coleção muito interessante , porém, ela não conta com peças inéditas que possam acrescentar informações à cronologia da pré-história na Espanha. Na realidade, as peças são muito parecidas com outras já expostas na ala arqueológica do instituto e devem integrá-las em breve.

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