Um estudo feito pelo IBGE a pedido da Secretaria Especial da Igualdade Racial da Presidência da República aponta que a distribuição da população negra no Brasil reflete ainda hoje a ocupação do País durante o período da escravidão. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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A partir dos dados do Censo de 2000, os pesquisadores apontaram uma coincidência entre a alta concentração de população negra (pretos e pardos autodeclarados ao IBGE) e os portos que atuaram como receptores de escravos: São Luís (MA), Salvador (BA), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), segundo o jornal.
O estudo mostra ainda a permanência dos negros em regiões para as quais eles se deslocaram de acordo com o desenvolvimento da economia durante a escravidão, como o litoral nordestino e o interior do Maranhão e do Piauí.
Integrantes do movimento negro reúnem-se nesta terça-feira à noite, em Brasília, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para entregar um manifesto pelo acesso à educação. No dia em que a abolição da escravatura no Brasil completa 120 anos, eles defenderão cotas para negros nas universidades e investimento mínimo de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ensino.
Cabe ao STF tomar a decisão final em inúmeros processos judiciais contra o estabelecimento de reservas nas instituições de ensino superior.
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