O show atrasou, fazia muito frio, a desorganização era grande, mas, ainda assim, mais de 10 mil pessoas (segundo os números dos organizadores) esperaram para dançar e cantar os sucessos de Ja Rule, no domingo à noite, na favela carioca da Rocinha (uma das maiores da cidade). A equipe de produção do rapper norte-americano escolheu o morro para que ele estivesse entre os seus, conforme o próprio declarou antes da vinda ao Brasil.
No entanto, parece que ninguém se lembrou que se tratava de um domingo, véspera de um dia de trabalho.
A noite na Arena do S, um enorme espaço que servia como garagem de uma empresa de ônibus (e que já recebeu Ivete Sangalo), começou às 21 horas, com a apresentação de MCs da Rocinha e de outras favelas. O horário marcado para a abertura era 19 horas e a previsão era de que Ja Rule pisaria no palco às 22 horas.
O público subia aos poucos. Além dos moradores do morro, mauricinhos da zona sul, popozudas de butique e artistas (Alessandra Negrini, com cara de poucos amigos, como sempre, foi a primeira a chegar; depois vieram Thiago Rodrigues, Letícia Birkheuer, Caio Blat e outros). Uniformes: para os homens, camiseta e boné, para elas, calça atochada e saltão. A presença de Romário era a mais esperada. O jogador chegou e nada de Ja Rule por mais uma hora...
Era 1h20 quando Ja Rule surgiu. Cantou um hit após o outro - Mesmerize
, Wonderful
, Put It On Me
, Uh Oh
, Between Me And You
, Down Ass Bitch
, entre outros -, requebrou junto com dançarinas brasileiras, vestiu uma camisa do Flamengo. Foi o suficiente para conquistar a Rocinha, apesar dos contratempos. Era tanta empolgação que uma moça da platéia subiu no palco e desmaiou de emoção... As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.