A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, cujo corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição em seu apartamento no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Em depoimento à polícia, Suyany Breschak, que está sob custódia e é apontada como cúmplice da namorada do empresário, principal suspeita, afirmou que ela teria preparado um brigadeirão "envenenado" com 50 comprimidos moídos de Dimorf, um medicamento contendo morfina, indicado para dores intensas agudas e crônicas, e que Luiz teria consumido o doce com a medicação. A informação é do jornal O GLOBO.
A principal suspeita de ter cometido o crime é sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que, segundo relatos, teria permanecido com o cadáver por três dias. Suyany enfrenta acusações de participação no homicídio e de auxiliar a suposta autora a se desfazer dos pertences da vítima.
Segundo o relato de Suyany, Júlia teria feito dois brigadeirões, sendo um deles adulterado com a substância mencionada. Mensagens encontradas no celular indicam que Luiz apresentou sintomas preocupantes após ingerir o doce, incluindo dificuldades respiratórias seguidas de um abrupto silêncio.
O corpo de Luiz Marcelo Antonio Ormond foi descoberto em 20 de maio, após vizinhos notarem sua ausência por dias. O cadáver já estava em estado avançado de decomposição, e uma lesão na cabeça levantou suspeitas sobre a causa da morte.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações revelaram que a namorada de Luiz Marcelo esteve presente no apartamento após sua morte e contou com a ajuda de uma suposta cúmplice, que teria ligações com a comunidade cigana. Esta última confessou ter colaborado na disposição dos bens da vítima e afirmou que uma parte considerável de seus ganhos provinha dos pagamentos de uma dívida de Júlia.
Júlia encontra-se atualmente foragida da Justiça, com um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado. O caso permanece sob investigação pela 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo).