O governo de São Paulo e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) iniciaram na última terça-feira (10) o bombeamento das águas do Rio Pinheiros, que adquiriram uma coloração esverdeada devido à proliferação de algas, fenômeno atribuído à falta de chuvas. As informações são do g1.
A medida pretende melhorar a oxigenação do rio e evitar a mortandade dos poucos peixes que habitam o curso d'água, que atravessa as zonas Sul e Oeste da capital paulista.
O procedimento envolve o movimento das águas para revolver a matéria orgânica acumulada e dispersar a concentração de algas. Esse acúmulo de matéria orgânica ocorre, principalmente, devido ao despejo de esgoto não tratado diretamente no rio, o que cria um ambiente favorável à reprodução de algas e plantas flutuantes, reduzindo os níveis de oxigênio e prejudicando a vida aquática.
"O Pinheiros é um canal nivelado e, por causa da pouca declividade, a água se move lentamente. A chuva é essencial para o funcionamento do rio e, como não há chuva, o rio se encontra nesta situação crítica", explicou Anderson Esteves, superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo.
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De acordo com Esteves, o processo de bombeamento já trouxe melhorias: "Ontem, a gente bombeou a água do canal inferior [do rio] para o canal superior. Então, já houve uma melhora em aproximadamente 35% da extensão do rio".
O Rio Pinheiros está dividido em dois canais. O superior abrange o trecho entre a represa Billings e a estação Vila Olímpia, enquanto o inferior se estende da estação até o acesso à Rodovia Castello Branco. Após o bombeamento, um canal de vazão foi aberto para nivelar as águas, permitindo o redirecionamento do excesso de água do canal superior para o inferior.
Com os resultados iniciais considerados positivos, o bombeamento deve continuar nos próximos dias, até que a frequência das chuvas aumente em São Paulo e o curso natural das águas seja restabelecido. A definição da periodicidade do procedimento ainda está em andamento.
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