O ex-policial Ronnie Lessa, contratado por Domingos e Chiquinho Brazão para assassinar Marielle Franco, contou em delação premiada à Polícia Federal que o pagamento pelo crime era um loteamento clandestino que valeria R$ 100 milhões.
"Na verdade, eu não fui contratado para matar a Marielle como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade", disse na delação, que teve recortes em reportagem do Fantástico, da TV Globo, neste domingo (26).
Lessa afirmou, ainda, que o alvo principal em um primeiro momento era matar o político Marcelo Freixo. Mas recuou do plano por acreditar que o "trabalho" seria mais complicado.
Após a desistência, Marielle, citada como "pedra no caminho" por Lessa, se tornou o alvo número um por ter feito mobilizações políticas contra os loteamentos em questão.
A ativista política foi morta ao lado de Anderson, seu motorista, no dia 14 de março de 2018. A investigação do caso por parte da PF demorou seis anos.