Militares eram donos de páginas de fake news, diz Facebook
Fernando Frazão/Agência Brasil - 30.06.2021
Militares eram donos de páginas de fake news, diz Facebook

Divulgado nesta quinta-feira (7), o primeiro relatório trimestral de ameaças de 2022 feito pelo Facebook revelou que alguns dos perfis que compartilhavam desinformações e distorciam o debate sobre questões ambientais na Amazônia eram, na verdade, de oficiais das Forças Armadas. Os nomes dos militares não foram revelados pela rede social.  

O documento visa listar ameaças ou violações políticas identificadas ao redor do mundo. Além do Brasil, foram identificados casos também em Costa Rica, El Salvador, Azerbaijão, Irã e Filipinas. Os dados foram compartilhados com a empresa de monitoramento Graphika, que analisou o caso mais profundamente.

A rede identificou e removeu vários perfis falsos de maneira automática. De abril a junho de 2020, esses perfis criaram páginas que ridicularizavam questões sociais e políticas, como a reforma agrária e a pandemia de Covid-19.

De início, as postagens das páginas faziam críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), em especial pela situação da pandemia. Com baixo engajamento, essas páginas foram abandonadas.

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Porém, em maio de 2021, as páginas voltaram a operar com uma abordagem oposta. Elas eram apresentadas como ONGs e ativistas focados em questões ambientais na região amazônica. Disseminando informações falsas, as páginas faziam críticas a ONGs legítimas que se manifestaram contra o desmatamento na região.

Os perfis publicavam memes, notícias da mídia convencional e até postagens do Greenpeace. O Facebook diz que essa seria uma tentativa de dar credibilidade ao conteúdo. A rede social diz que identificou irregularidades em 14 contas no Facebook, 9 páginas e 39 contas no Instagram. Essas páginas somavam cerca de 1.170 seguidores no Facebook e 23.600 seguidores no Instagram.

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