Tempestade de poeira  em Franca
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Tempestade de poeira em Franca



Nos últimos anos o Brasil tem assistido a uma série de fenômenos meteorológicos que aconteceram em razão de mudanças climáticas em razão de ações humanas e de políticas governamentais associadas a queimadas e desmatamento. O retrato atual do país, que levou à divulgação de uma carta de grandes empresas cobrando ações do governo Bolsonaro e protagonismo do Brasil na Conferência da ONU sobre Clima, se divide entre regiões com aumento de precipitações e outras de seca extrema. Veja abaixo alguns desses acontecimentos extremos no clima:

Ventos de furacão no Sul 

O ciclone Catarina chegou a ser apontado por especialistas americanos como um furacão de categoria 3. Este ciclone tropical no Sul do país, extremamente atípico para a região, ocorreu em 2004. Foi a única tempestade já registrada com força de furacão nesta região do Oceano Atlântico. Algumas rajadas chegaram a 155km por hora. Os estados mais afetados foram Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Houve mortos, feridos e gigantescas perdas materiais.

Destruição e morte na Serra do Rio

Chuvas na Região Serrana do Rio, como Teresópolis e Nova Friburgo, em janeiro de 201, provocaram uma enxurrada tão forte que destruiu casas, estradas e tirou vidas. A tragédia deixou mais de 900 mortos. O desastre ambiental levou à criação de um órgão para acompanhar eventos climáticos extremos no país, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.


"Tempestade de poeira"

Em SP, a seca extrema dos últimos três meses está por trás da "Tempestade de poeira" . O fenômeno é fruto de vários fatores: além das mudanças climáticas, o avanço da produção agrícola associado à redução das áreas de matas, que poderiam reduzir os impactos. A seca, a alta temperatura e ventos fortes, de cerca de 90Km/h, ajudaram a criar a nuvem negra que afeta a saúde dos moradores da regiao mas tambem intensifica o proceso de erosão do solo, que pode prejudicar o agronegócio.

Nordeste mais seco

Áreas de semiárido estão se tornando áridas por falta de chuva, o que pode desencadear um novo ciclo de  êxodo da região, como observado nos anos 1980.  A Bacia do Rio São Francisco está registrando a mais baixa precipitação dos dos últimos 30 anos, sobretudo na divisa dos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.

"Furacão de fogo" 

Seca e incêndios na área central do Brasil e no Pantanal se tornam cada vez mais preocupantes. Ontem, houve registro de um "furacão de fogo", no Pantanal, provocado pela ação do vento forte que envolveu focos de chama que têm mobilizado bombeiros e brigadistas nos últimos dias. A região enfrenta a maior redução de precipitação dos últimos 90 anos, o que tem alastrado um cenário de seca, que favorece focos de incêndio.

Chuvas intensas na cidade de SP

Chuvas intensas e concentradas na cidade de São Paulo estão aumentando muito nos últimos 50 anos, com ocorrência de eventos de precipitações maiores que 80 e 100 milímetros por dia, que causam grandes inundações na cidade.

Cheia histórica no Amazonas 

O Rio Amazonas teve em 2021 a a maior cheia dos últimos 110 anos. O nível chegou a 30,2 metros, a maior cheia já observada desde o início das medições. Ao mesmo tempo, algumas áreas do estado apresentam quadro de seca.

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