Lazaro Barbosa de Sousa está fugindo da polícia há nove dias em Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Lazaro Barbosa de Sousa está fugindo da polícia há nove dias em Goiás

Mãe de uma menina de 2 anos que teve com Lázaro Barbosa Sousa , o homem que é procurado há nove dias pelas polícias de Goiás e do Distrito Federal, uma jovem espera que ele se entregue às autoridades.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ela, que tem 19 anos, contou estar estarrecida com os crimes dos quais o companheiro é suspeito — as mortes de quatro pessoas da mesma família no DF e de uma em Goiás — e diz temer que Lázaro acabe morto:

"Temos medo de receber a notícia de que ele morreu."

Ela, que pediu para não ser identificada, e o suspeito estão juntos há quatro anos. A jovem contou que a filha vem chamando pelo pai, que sempre foi presente, diariamente.

"É um bebê que quase todos os dias chama por ele. Isso me corta tanto. Ela é muito apegada. É a vida dele. Está todo mundo arrasado", relatou.

Os dois se conheceram graças a uma tia de Lázaro. A jovem contou que o suspeito já tentou deixar a vida de crimes e se diz decepcionada com o comportamento dele. Segundo ela, pessoas próximas gostariam de participar das buscas para conversar com Lázaro:

"Se a gente tivesse a oportunidade de ir com a polícia para o meio do mato, para convencê-lo a se entregar. A gente não sabe o que aconteceu na mente e no coração dele. A ficha não caiu."

Lázaro é procurado numa região rural em Cocalzinho, em Goiás. A força-tarefa montada para buscar o suspeito mobiliza 200 agentes, helicópteros, cães farejadores e drones, além da cavalaria.

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Os crimes de Lázaro

Quarta-Feira, dia 9 de junho: Lazáro invade a chácara de Cláudio Vidal e mata ele e seus filhos, em uma ação que dura cerca de 10 minutos. No momento da fuga, faz Cleonice Marques, de 43 anos, mulher de Cláudio, refém e a sequestra. Logo após a entrada do bandido na casa, ela teria feito uma ligação para seu irmão pedindo por socorro. Sua família chega momentos depois, mas encontra apenas os corpos de Cláudio e seus filhos.

Quinta-feira, dia 10 de junho: Na parte da manhã, Lazáro Barbosa teria invadido outra residência apenas três quilômetros de distância da chácara da família de Cláudio e Cleonice. Ele teria mantido a dona da casa, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, sob a mira de sua arma durante três horas e os obrigado a fumar maconha. Ele teria roubado cerca de R$ 200 e celulares antes de deixar a residência. Cleonice continua desaparecida.

Sexta-feira, dia 11 de junho: Lazáro é suspeito de roubar um carro e fazer mais um refém. Ele teria deixado Ceilândia e ido para Cocalzinho, em Goiás. Lá, incendeia o veículo. A polícia acredita que ele pode ter contado com a ajuda de um comparsa nesse momento. As buscas por Cleonice continuam.

Sábado, dia 12 de junho: O corpo de Cleonice é encontrado em um córrego próximo ao Sol Nascente. Enquanto isso, Lázaro teria invadido uma residência nos arredores de Lagoa Samuel, onde teria ingerido bebidas alcoólicas, feito o caseiro refém e destruído o seu carro. Horas depois, ele teria invadido outra chácara, atirado em três homens e roubado armas de fogo. À noite, teria incendiado uma casa em Cocalzinho. Alguns relatos afirmam que ele teria trocado tiros com a polícia, informação que não foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás. Os três homens baleados foram levados a um hospital. Dois encontram-se em estado grave.

Domingo, dia 13 de junho: Lazáro invade uma casa por volta das 15h. A residência estaria vazia naquele momento. O criminoso teria roubado um carro Corsa vermelho. Aproximadamente às 18h30, o veículo teria sido abandonado em uma rodovia, a 30 quilômetros da residência invadida mais cedo. Acredita-se que Lázaro tenha avistado um bloqueio policial e decidiu fugir para o mato. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de munição. De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o suspeito teria chegado a trocar tiros com a polícia antes de fugir para um matagal.


Segunda-feira, dia 14 de junho: Lázaro troca tiros com um fazendeiro na região de Edilândia. Policiais civis e militares fecham o cerco, mas não efetuam a prisão do suspeito. Foi levantada a hipótese de o autor da chacina ter ficado ferido.

Terça-feira, dia 15 de junho: Uma família é feita refém por Lázaro na zona rural de Edilândia. Segundo Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, ele utilizou o mesmo modus operandi e levou o casal dono da propriedade e a filha adolescente deles para a beira de um rio. A menina conseguiu, porém, mandar uma mensagem para o celular de um policial que visitou a casa das vítimas no dia anterior. As equipes foram até o local e houve confronto com o criminoso. Os reféns foram salvos, mas um policial acabou sendo baleado de raspão. Ele recebeu atendimento e passa bem. Lázaro conseguiu fugir.

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