O Primeiro Comando da Capital (PCC) enfrenta um racha interno desde fevereiro de 2018, quando o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, da alta cúpula da facção, foram mortos na região metropolitana de Fortaleza, acusados de desviar dinheiro da organização criminosa. As informações são da investigação do Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo o MPE, já foram nove mortos. Até agora nenhum corpo foi encontrado. Um dos desaparecidos é Nadim Georges Hanna Awad Neto, 42, o Naldinho. Ele sumiu no mês passado. O MPE apurou ainda que, entre os desaparecidos, três eram ligados a Nadim.
Em fevereiro de 2018, após os assassinatos de Gegê do Mangue e Fabiano Alves, o PCC enfrentou uma guerra entre integrantes. O narcotraficante Wagner Ferreira da Silva, apontado pela Polícia Civil do Ceará como o homem que coordenou a matança dos dois integrantes da cúpula da facção, foi morto uma semana depois com tiros de fuzil no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) explicou à coluna de Josmar Jozino, do Uol, que planilhas que foram apreendidas mostram que o PCC faturou R$ 1 bilhão de janeiro de 2018 a julho de 2019 com o tráfico de drogas e usou doleiros para lavar o dinheiro.