Vivendo o ápice de casos e óbitos desde o início da pandemia
do novo coronavírus (Sars-Cov-2)
, o hospital Moinhos de Vento, o maior da rede privada no Rio Grande do Sul, alugou um contêiner para acomodar as vítimas da doença.
A revelação foi feita pelo superintendente médico do hospital, Luiz Antônio Nasi, que deu detalhes da “situação calamitosa ” vivida na unidade:
"É um campo de guerra. Todo mundo sendo mobilizado no hospital, médicos, anestesistas, enfermeiros de todas as áreas. Estamos, realmente, com uma situação calamitosa", declarou em entrevista à GloboNews.
A taxa de ocupação de leitos de UTI no Moinhos de Vento é de 119,7%, sendo que 35% dos pacientes são menores de 60 anos de idade, reflexo do relaxamento da população mais jovem em relação às regras de isolamento social.
Assim como em todo o país, o Rio Grande do Sul enfrenta um colapso do sistema de saúde. 100,5% de todos os leitos na capital estão ocupados.
No hospital Moinhos de vento, a crítica situação enfrentada, levou a direção da unidade a alugar um contêiner como “medida preventiva”.
“A nossa lista do morgue (onde os cadáveres são acomodados nos hospitais) ultrapassou a capacidade. Estamos contratando um contêiner para poder colocar as vítimas", relata Nasi.
O hospital , por sua vez, afirma que em primeiro momento, não usará o contêiner, e que a estrutura comporta a situação atual:
“Será utilizado somente em caso de real necessidade, considerando a possibilidade de atrasos na retirada dos óbitos por parte das funerárias, realidade essa percebida em outras cidades do Brasil e do mundo. A estrutura atual comporta até três óbitos e está adequada às normas”, afirma em nota o hospital.