Em operação secreta, as Forças Armadas juntaram documentos em sigilo para tentar isentar Pazuello da responsabilidade sobre a crise do oxigênio em Manaus. A estratégia é responsabilizar as autoridades amazonenses, tanto do governo do estado quanto do município, pela crise sanitária no estado.
Segundo apuração da CNN Brasil, as forças armadas forneceram pelo menos dois documentos sigilosos para auxiliar no embasamento da defesa no inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura a culpa do Ministério da Saúde sobre a falta do oxigênio na capital amazonense.
Os dados desses documentos foram apresentados no depoimento do ministro nesta quinta-feira à Polícia Federal.
Um dos documentos, datado do dia 8 de janeiro, diz: "Solicito a esse Centro o acionamento da missão aérea de transporte aéreo de cilindros de oxigênio o mais breve possível". O texto é assinado pelo General José Eduardo Leal de Oliveira.
Ambos os documentos têm, como motivação, endossar a narrativa de que o Ministério da Saúde reagiu às necessidades da Saúde do Amazonas no dia 8, isto é, o mesmo dia em que houve notificação das autoridades de saúde do estado.