Cinco policiais militares do Rio foram presos, na manhã desta quinta-feira, durante uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público. O grupo é suspeito de tentar matar com mais de 20 tiros o policial civil Bruno Rodrigo da Silva Rodrigues, em Vila Valqueire, na Zona Norte da capital.
De acordo com o MP, o crime ocorreu em represália a investigações feitas pela equipe do agente sobre PMs que coagiriam comerciantes da Feira da Pavuna, também na Zona Norte, e sobre o comércio de cigarros. Os acusados foram denunciados à Justiça por tentativa de homicídio qualificado, associação criminosa e adulteração de identificação de veículo. A ação - que tem o apoio da Corregedoria da PM - foi batizada de Todos Por Um.
Quatro dos suspeitos são lotados no 7º BPM (São Gonçalo): o cabo Sergio Berbereia Basile, o cabo Mauro Simôes de Castro, o sargento Joamilton Tomaz Ribeiro e o sargento Fagner Alves da Silva.
O quinto é o cabo Euclydes José do Prado Filho, do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE). O sexto acusado é Sérgio Leonardo dos Santos Antônio, apontado como informante do grupo, que também foi preso. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Uma arma com kit rajada, que os investigadores afirmam ter sido usada na tentativa de assassinato do policial civil, foi encontrada na casa do cabo Euclydes. A defesa dos acusados ainda não foi localizada.
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Além dos mandados de prisão, as equipes cumprem outros 40 de busca e apreensão. Os endereços são ligados aos seis presos e também a outras nove pessoas. Quatro batalhões são alvos de buscas: o 7º BPM, o BPVE, o 15º BPM (Duque de Caxias) e o 35º BPM (Itaboraí).
O ataque ao policial civil ocorreu em 14 de abril deste ano. De acordo com o MP, Sérgio Basile e Mauro - que seriam responsáveis pelo planejamento do crime - dispararam mais de 20 tiros contra Bruno. A ação criminosa foi em frente à casa da vítima. Mesmo ferido na perna. Bruno conseguiu se esconder e revidar.
As investigações apontam Joamilton como motorista de um dos veículos utilizados no crime em que estariam os atiradores, além de ter a função de garantir a fuga de todos.
Já Sérgio Leonardo e Euclydes teriam monitorado a vítima no dia do atentado, acompanhando-a desde a saída do seu local de trabalho, a 39ª DP (Pavuna) até sua casa. Já Fagner é acusado de fornecer aos demais denunciados o outro veículo utilizado na emboscada, que tinha placa adulterada.