Ainda ontem, Bolsonaro afirmou que imprensa não precisa criar estado de pânico em população sobre vírus
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Ainda ontem, Bolsonaro afirmou que imprensa não precisa criar estado de pânico em população sobre vírus


Na noite da última terça-feira, 2, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na saída do Palácio da Alvorada que “talvez” tenha pegado o novo coronavírus “20 vezes” e “talvez” seja assintomático. Ele ainda se justificou sobre o uso dos termos “gripezinha” e “resfriadinho” em pronunciamento nacional . Na ocasião, o presidente não usava máscara. 

A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a entregar três exame por meio de ação judicial. Todos eram negativos. No entanto, afirmações feitas na noite passada dão a entender que Bolsonaro pode ter contraído a Covid-19 .

"A garotada, quando pega, nem sente. Desceram o cacete em mim porque eu falei que o meu caso, o meu, meu particular, é gripezinha. Desceram o cacete em mim", afirmou.

Bolsonaro comentou ainda que, mesmo que esteja enquadrado em grupos de vulnerabilidade, precisa estar “no meio do povo”. 

"Agora, eu, apesar de estar no grupo de risco, eu sou o comandante da nação, tenho que estar no meio do povo. E ando no meio do povo. Eu já peguei 20 vezes este vírus, talvez, ou o vírus não quer papo comigo. É uma realidade. Vai pegar, vai contaminar muita gente”, afirmou.

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“Parece que o time do Vasco tem um montão de cara com vírus lá. Vai pegar, e a grande maioria nem vai saber que pegou. Talvez o meu caso. Assintomático”, comparou o presidente.

Ainda ontem, o Brasil bateu mais uma vez recorde de mortes: foram 1,2 mil óbitos registrados em 24 horas, totalizando 31.199. País também alcançou a marca de 555.383 casos, sendo que mais de 28 mil foram registrados em um dia.

Bolsonaro chegou a falar a uma apoiadora, que pediu por mensagem de conforto para as famílias, que lamentava mortes, mas é “destino de todo mundo” .

“O pessoal sempre acha que eu estou ignorando. Lamento os mortos. Qualquer morto. Quem não perdeu familiar aí na vida? Mas, se tivesse dado atenção à questão do emprego, estaria diferente hoje em dia", disse o presidente.

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Bolsonaro também apontou que não tinha conhecimento de pessoas que morreram por falta de leitos em UTI ou por equipamentos, como ventiladores e respiradores.

"Então, o vírus é uma coisa que vai pegar em todo mundo. Não precisava ter, grande parte da imprensa, criado este estado de pânico junto à população", disse.

Bolsonaro afirmou que visitará municípios brasilienses no próximo fim de semana, por helicóptero. Na próxima sexta-feira, 5, ele estará presente em inauguração do Hospital de Campanha de Águas Lindas, em Goiás, que está sob responsabilidade do Governo Federal. A entrega está atrasada.

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