Imagem de praia de Pernambuco cercada por óleo.
Brenda Alcântara/Agência Pública
Imagem de praia de Pernambuco cercada por óleo.

Um relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama ) mostrou que, ao todo, 643 áreas já foram atingidas pelas manchas de óleo que chegaram ao litoral brasileiro. Há registros em 116 municípios em todos os nove estados do Nordeste . Manchas também foram encontradas no Espírito Santo , primeiro estado do Sudeste. A lista pode ser ainda maior.

A Marinha confirmou que o santuário ecológico no Delta do Parnaíba, no Piauí, foi atingido pelas manchas de óleo no último sábado (16). O ponto turístico não consta na lista do Ibama. No Delta do Parnaíba, seis áreas foram atingidas: as praias Pontal, de Caiçaras e Barra das Melancieiras; além das ilhas Canárias, Poldros e do Caju. Ao todo, o santuário ecológico possui 70 ilhas e praias.

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A Marinha, o Exército e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) montaram uma grande operação para impedir que o petróleo chegue até o rio Parnaíba. Em nota, a Marinha informou que disponibilizou cinco mil militares para as operações de limpeza, além de 37 navios e 11 aeronaves.

Outra área de conservação ameaçada é o santuário do peixe-boi, em Porto de Pedras, no litoral alagoano. Técnicos da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) estão preocupados com Astro, um raro representante da espécie que vive no litoral do Sergipe desde 1998, que está sendo monitorado, mas corre risco de contaminação . Os mangues e praias da região já foram alcançados pelo óleo.

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A Polícia Federal trabalha com a suspeita de que um navio grego teria causado o derramamento de óleo no litoral brasileiro. De acordo com o órgão, a embarcação teria ancorado na Venezuela em 15 de julho. Três dias depois, seguiu para Singapura. No trajeto, entre os dias 28 e 30 de julho, houve o vazamento.

A suspeita é que o derramamento ocorreu a 700 quilômetros da costa brasileira, em águas internacionais. Segundo a Polícia Federal, neste período “um único navio petroleiro navegou pela área suspeita”. Porém, a Universidade Federal de Alagoas anunciou, no último domingo (17), que identificou outra embarcação como responsável pelo vazamento. O nome e a bandeira do navio não foram reveladas pela instituição. 

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