Professor de química de colégio no Maranhão é acusado de ter abusado de cerca de 15 alunas
Divulgação/Colégio Universitário
Professor de química de colégio no Maranhão é acusado de ter abusado de cerca de 15 alunas

Um professor de química do Colégio Universitário (Colun) do Maranhão foi afastado de seu cargo por 120 dias, após se tornar alvo de diversas denúncias de assédio sexual por parte de alunas. Os casos de abuso cometidos por Francicarlos Veras Cardoso teriam acontecido em 2017, com cerca de 15 estudantes.

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A decisão de afastamento foi tomada pela reitora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Nair Portela, que, por meio de uma portaria, explicou que a medida foi realizada a fim de “garantir a efetividade das investigações do processo administrativo disciplinar” e para que o professor não possa interferir na apuração do caso.

Segundo as denúncias de assédio sexual feitas por alunas e ex-alunas do Colun, Cardoso tinha fama de “galanteador” e tinha o costume de oferecer boas notas e pontos extras em troca de sexo. O professor ainda teria reprovado uma aluna que recusou seus convites.

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"Na minha sala, os alunos faziam uma 'barreira' de cadeiras na frente e as meninas sentavam atrás. Qualquer tipo de contato era evitado. A gente ia para a escola com medo e nos dias de aula dele era dia de pânico. Passar por ele no corredor era tortura", contou uma aluna em uma postagem nas redes sociais. Outras estudantes ainda afirmaram que passaram a faltar frequentemente na escola e tiveram que mudar do colégio para "fugir" do professor. 

Na época, as estudantes chegaram a denunciar a situação à reitoria e o professor apresentou um atestado médico alegando ter depressão, o que o afastou das atividades na escola por 18 meses. A partir disso, a UFMA abriu um processo administrativo para apurar o caso, que está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e corre em sigilo por envolver menores de 18 anos.

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Com o início das aulas na última segunda-feira (18), estudantes do colégio ficaram preocupados que o professor pudesse voltar às salas de aula e passaram a pressionar a reitoria para que o processo administrativo fosse acelerado.

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