Crimes de intolerância como preconceito ou o racismo na internet podem ser punidos com sentenças de 1 a 3 anos de prisão
PF/Divulgação
Crimes de intolerância como preconceito ou o racismo na internet podem ser punidos com sentenças de 1 a 3 anos de prisão

Agentes da Polícia Federal (PF) estão, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (10), nas ruas de seis cidades brasileiras, deflagrando uma operação contra crimes cometidos no ambiente online. Os investigados na chamada Operação Bravata vão responder pelos crimes de associação criminosa, ameaça, incitação ao crime e racismo na internet.

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Uma pessoa já foi presa pelos oficiais, em Curitiba, no Paraná. Levado pelos policiais, Marcelo Mello já é condenado pelo crimes. Ele seria responsável por, não somente praticar atos de preconceito e racismo na internet , mas também por incitar que seus seguidores fizessem o mesmo. 

"Marcelo reiteradamente estimula o ódio, o preconceito, ofende a minorias, mulheres, homossexuais, raças entre outros, bem como estimula os leitores de suas postagens a atuar da mesma forma", afirmou à Globo News , o juiz federal Marcos Josegrei.

Cerca de 60 policiais federais cumprem esse mandado de prisão preventiva e outros oito de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e Vila Velha, no Espírito Santo.

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De acordo com a PF, os suspeitos da operação utilizavam sites e fóruns mantidos na  internet ainda com o objetivo de incentivar a prática de crimes, como estupro, assassinato de mulheres e negros e atos de terrorismo.

Também segundo a PF, existem evidências de que os investigados foram responsáveis por “ameaças de bomba encaminhadas a diversas universidades do país”. Porém, a polícia não especificou tais ameaças. 

Operação Intolerância

A ação que movimentou os agentes policiais nesta quinta-feira é um desdobramento da Operação Intolerância, realizada em 2012, que investigou pessoas envolvidas em crimes de ódio na internet.

Na ação de hoje, inclusive, a polícia constatou que os indivíduos investigados aparentemente mantinham relações com os que foram presos na operação de 2012, inclusive com o uso dos mesmos sites e novas páginas na internet.

De acordo com a PF, no nome da operação, Bravata, refere-se à maneira com que os suspeitos de crimes como racismo na internet intimidavam suas vítimas, com “ameaças de maneira insolente, fanfarrice, comportamento de quem ostenta suas próprias qualidades, ação da pessoa presunçosa, arrogante e modo de agir de quem faz alarde de uma coragem que não possui”.

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* Com informações da Agência Brasil.

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