São milhares de foliões, centenas de porta-bandeiras e mestre-salas, dezenas de carros alegóricos e apenas um inimigo no Carnaval do Rio de Janeiro. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) se tornou o que podemos chamar de destaque negativo da festa carioca.

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Marcelo Crivella (PRB)  bem que tentou, mas não conseguiu estragar o carnaval carioca
Marcos Oliveira/Agência Senado - 26.5.2015
Marcelo Crivella (PRB) bem que tentou, mas não conseguiu estragar o carnaval carioca

Pastor licenciado, Crivella assumiu o comando da cidade no ano passado e na oportunidade já fez acenos de que era contra o Carnaval. A atitude soou como um sinal à sua base eleitoral evangélica. Em 2017, o prefeito já havia recusado a participar da cerimônia de entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, tradição de décadas. Em 2018, o político havia dito que iria participar da cerimônia, mas voltou atrás.

O prefeito também não esteve na Marquês da Sapucaí na primeira noite de desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro. A relação com as agremiações está estremecida desde que o político resolveu reduzir em 50% o auxílio para escolas que inclusive das que apoiaram a candidatura de Crivella, em 2016.

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Mas nem esse descaso do prefeito para com o carnaval foi suficiente estragar a festa das comunidades. As escolas se mostraram ainda mais fortes em 2018 e não fugiram do tema polêmico com o pastor. A Mangueira entrou na Sapucaí e transformou o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em boneco de Judas na sua última alegoria. Neste ano, a escola apresentou o enredo "Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco" em clara referência ao abandono oferecido de Crivella.

Protesto da Mangueira contra o prefeito Crivella
Reprodução/Twitter
Protesto da Mangueira contra o prefeito Crivella

O último carro da Mangueira trazia a frase: "Prefeito, pecado é não brincar o carnaval" e o boneco do prefeito como Judas que são malhados no sábado de aleluia e a placa "Pega no Ganzá". Já na primeira alegoria outro recado para Crivella:  uma silhueta de braços abertos coberta de plástico com a frase: "Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz". 

Folião reconhecido, o ex-jogador Romário foi duro nas críticas ao político: "É um mer... O pior prefeito que nós tivemos. Essa é uma festa do povo que o elegeu. Independente de religião. Assim como ele enganou o povo, me enganou também"."

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Crivella foi amplamente criticado pela comunidade ligada ao Carnaval pelos cortes de orçamento das agremiações e por não participar ativamente do evento. Mas o Carnaval é uma festa de gerações e do povo, o descaso de um político não vai apagar as luzes da Sapucaí. As comunidades têm a força da população, o Brasil segue sendo o País do Carnaval e o Rio de Janeiro segue sendo a Cidade Maravilhosa, mesmo com um prefeito que não sabe reconhecer a festa popular mais famosa do mundo.

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