Policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram encerrar paralisação após três semanas
Divulgação/Sinpol-RN
Policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram encerrar paralisação após três semanas

Os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram encerrar a paralisação que já durava três semanas no estado . O fim da greve foi anunciado na tarde desta terça-feira (9) em assembleia do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpol-RN), que aceitou o cronograma de pagamento de salários proposto pelo governo potiguar.

De acordo com a categoria, o governador Robinson Faria (PSD) prometeu colocar em dia os vencimentos referentes ao mês de dezembro até a próxima sexta-feira (12). O presidente do sindicato, Nilton Arruda, garantiu que os policiais civis voltarão a cruzar os braços caso o governo do Rio Grande do Norte não regularize os pagamentos dos agentes ativos, aposentados e pensionistas até o dia 15.

Enquartelados desde o último dia 19 também por conta dos atrasos salariais e devido à falta de condições apropriadas de trabalho, os policiais militares do estado ainda farão uma assembleia para decidir se também retomam os trabalhos.

Representantes de sindicatos da categoria se reuníram na noite dessa segunda-feira (8) com integrantes do governo para discutir a retomada das atividades. Os termos dessa conversa precisam ir à votação em assembleia para a decretação do fim da greve.

Violência, desrespeito a decisão judicial e prisões

A capital Natal e sua região metropolitana conviveu com  cenário de intensa violência nas últimas semanas devido à greve dos agentes de segurança, que chegou a contar em seu início com o apoio dos agentes penitenciários. Muitas lojas tiveram suas portas arrombadas e foram saqueadas nesse período, que registrou ainda arrastões e roubos e furtos de veículos.

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Reprodução/Twitter - @RnBoletim

Comércio do RN foi palco de arrastões após greve

A paralisação foi declarada ilegal por decisão da Justiça , mas os agentes mantiveram a greve ainda assim. Frente à desobediência dos policiais, o desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça do RN, chegou a  determinar a prisão de policiais militares e civis e do que incentivassem a continuidade da paralisação.

Por conta da escalada na violência, o governo potiguar fez apelos ao Executivo federal por ajuda financeira e envio das Forças Armadas ao estado. O governador Robinson Faria contava com o repasse de R$ 600 milhões da União, mas o aporte acabou vetado devido ao temor de que esse tipo de súplica se tornasse uma constante.

O Ministério da Defesa, no entanto, autorizou o envio de policiais da Força Nacional para fazer o patrulhamento na região metropolitana de Natal. No fim de dezembro, o presidente Michel Temer também liberou o envio de 2 mil soldados das Forças Armadas ao Rio Grande do Norte .

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