Para evitar acidentes, Rio espanta aves perto de aeroporto usando cães e falcões

Mapeamento de aves está sendo realizado nas cidades localizadas no entorno da Baía de Guanabara para reduzir colisões com aviões
Foto: Reprodução
Prefeituras das cidades do Rio de Janeiro vão atuar em parceria com a RIOGaleão no monitoramento de aves

As cidades localizadas no entorno da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro – como Duque de Caxias, Magé, Itaboraí, Niterói e São Gonçalo –, estão passando por um mapeamento para identificar focos de atração de aves que possam gerar riscos de colisão com aviões.

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Este mapeamento é tratado como uma ampliação do Programa de Gerenciamento de Risco da Fauna, que monitora os focos atrativos da fauna na Área de Segurança Aeroportuária (ASA) e faz o manejo da fauna na região do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão – Antônio Carlos Jobim.

A realização do trabalho conta com a parceria do Centro de Preservação de Aves de Rapina (Cepar). São utilizadas aves de rapina e cães que afugentam ou capturam outras aves que ameaçam a operação do aeroporto.

Segundo informações divulgadas pela RIOGaleão, concessionária que administra o terminal, nas outras cidades será feito um mapeamento com a parceria das prefeituras, para saber a quantidade e tipos de aves que sobrevoam essas regiões. Áreas de lixões e concentração de pesca atraem animais que podem voar em direção ao aeroporto e colidir com as aeronaves.

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Falcoaria

A utilização de falcões e cães teve início há 4 anos e, desde 2015, o número de colisões diminuiu 30%. Foram 109 em 2015, 74 em 2016 e 76 até novembro de 2017, segundo dados da Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes aeronáuticos (Cenipa).

De acordo com a Cepar, o número de acidentes foi reduzido na área de segurança onde o programa atua, mas ainda ocorre nas áreas de aproximação do aeroporto. Se forem consideradas apenas as espécies que habitam a área do terminal, a redução chega a 50%.

Ao todo, são 15 profissionais da biologia e veterinária atuando no manejo da fauna. As aves de rapina – falcões e gaviões –, que são caçadoras naturais, são treinadas para afugentar e capturar urubus, carcarás e garça branca, e não matar. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) autoriza a atividade e as aves são adquiridas de criadores legalizados e registrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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No caso dos cães utilizados para o trabalho no Rio, que são da raça pointer inglês, o adestramento é feito para que eles consigam identificar ninhos, filhotes e carcaças, que são recolhidos pela equipe. As aves capturadas passam por exames e catalogadas, depois são soltas no Parque Natural de Gericinó, em Nilópolis, na Baixada Fluminense.

*Com informações da Agência Brasil

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