PF cumpre mandados de prisão contra Jacob Barata Filho e Felipe Picciani

Presidente da Alerj foi levado logo pela manhã à sede da PF para prestar depoimento, ele é suspeito de receber propina da caixinha da Fetranspor

Jacob Barata Filho chegou a ser preso em julho desse ano, mas, cerca de um mês depois foi solto
Foto: Reprodução/TV Globo
Jacob Barata Filho chegou a ser preso em julho desse ano, mas, cerca de um mês depois foi solto

Desde as primeiras horas desta terça-feira (14), agentes da Polícia Federal estão nas ruas para cumprir três mandados de prisão. São alvos da operação o empresário Jacob Barata Filho; Felipe Picciani, filho do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani; e Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

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Além dos mandados de prisão contra Jacob Barata Filho e os demais empresários, a PF cumpre ainda um de condução coercitiva contra o deputado Jorge Picciani, que é suspeito de receber propina da caixinha da Fetranspor. Ele já foi levado para prestar depoimento na sede da polícia. Também estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão.

Um dos alvos das buscas é uma fazenda onde fica a empresa Agrobilara, que pertence à família Picciani. Felipe comanda o negócio, que tem como sócios o pai, Jorge, e os irmãos Leonardo Picciani, ministro do Esporte, e Rafael Picciani, deputado estadual. Espaços ligados à Alerj também são investigados.

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Operação Ponto Final - e o retorno à prisão de Barata Filho

A operação desta terça-feira foi apelidada de Cadeia Velha, em referência ao prédio histórico da Alerj. A ação é um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro e foi desencadeada a partir da Operação Ponto Final, deflagrada em julho.

A Operação Ponto Final foi baseada nas delações premiadas do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes e do doleiro Álvaro Novis, e investiga desvios de verba no transporte público do Rio e que contava com a atuação de políticos do estado. 

Jacob Barata Filho chegou a ser preso em julho desse ano, mas, cerca de um mês depois, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ele foi solto e deixou a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, zona Norte do Rio.

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